BLOG DE TEMAS E QUESTÕES DE VESTIBULAR DE GEOGRAFIA, SOCIOLOGIA, FILOSOFIA E ATUALIDADES !
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
FOCOS DE TENSÕES INTERNACIONAIS - AULAS - SEGUNDOS ANOS DO COLÉGIO GUIMARÃES ROSA
AULAS SOBRE CONFLITOS INTERNACIONAIS
GuimarãEs Conflitos Internacionais
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terça-feira, 8 de setembro de 2009
AULA DE GOGRAFIA SEGUNDOS ANOS - ESCOLA GUIMARÃES ROSA
AULA DE GOGRAFIA SEGUNDOS ANOS - GUIMARÃES ROSA
domingo, 26 de julho de 2009
Pesquisa mostra degradação do São Francisco. O governo acelera obras para a transposição
MAPA DO PROJETO, MAI DETAHADO....
Com 78% de seu uso voltado para irrigação, a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco sofre com o processo de desmatamento, queimadas, assoreamento, uso inadequado do solo, erosão e exploração de minérios sem qualquer controle.
A reportagem é de Cláudia Lamego e Evandro Éboli e publicada pelo jornal O Globo, 23-07-2009.
Esse diagnóstico foi feito pelo IBGE e publicado no estudo Vetores Estruturantes da Dimensão Socioeconômica da Bacia Hidrográfica do São Francisco, divulgado ontem.
O estudo mostra que a construção de hidrelétricas e canais de irrigação reduziu a vazão do rio, afetando a pesca extrativista na região. A redução da vazão, segundo o IBGE, “alterou a intensidade e a época das cheias, impedindo a inundação das lagoas marginais nas quais se dá a reprodução dos peixes e também a piracema”, diz o estudo.
Ainda de acordo com o instituto, a instalação de projetos agrícolas e industriais sem infraestrutura adequada e o aumento populacional no entorno contribuem para a degradação do meio ambiente na região.
— É preciso combater o desmatamento, acabar com os dejetos de esgoto e de água sem tratamento, fortalecendo o rio. Atualmente, 78% do uso do São Francisco é para irrigação, e isso preocupa, porque antes de pensar na transposição, é preciso trabalhar na revitalização do rio — diz a geógrafa Adma Hamam, coordenadora do estudo.
Obras da transposição estão aceleradas, diz governo
A pesquisa do IBGE faz parte de uma série de trabalhos encomendados pelo Ministério do Meio Ambiente a várias entidades.
Esses relatórios servirão de subsídio para políticas de revitalização da área. Enquanto isso, o governo federal acelera a obra da transposição do São Francisco para que o sistema comece a funcionar no final de 2010, antes do final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O projeto está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O diretor do Departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração Nacional, Francisco Campos Abreu, informou ontem que, até essa data, os dois eixos que compõem o projeto, o Norte e o Leste, estarão praticamente concluídos.
O custo total da obra está orçado em R$ 5 bilhões, mas o governo desembolsou até agora apenas R$ 600 milhões, 12% do total. Para cada um dos 14 lotes da obra foi formado um consórcio de empreiteiras. Segundo Abreu, houve a readequação do projeto, em fevereiro deste ano, após reuniões comandadas pela ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e novas metas foram estabelecidas.
— A obra está num ritmo muito bom, com jornada dupla de trabalho — disse Abreu.
A estimativa é que a transposição beneficiará cerca de doze milhões de nordestinos e o governo acredita que o empreendimento vai alavancar o desenvolvimento de cadeias produtivas e irrigação de muitas áreas.
A disposição do recurso hídrico incrementará atividades econômicas como produção de frutas até para exportação.
O Ministério da Integração nega que o curso do São Francisco será desviado e que apenas uma pequena parte de seu volume — que representa 1% da água que o rio joga no mar — será captada para garantir o consumo da população e dos animais que vivem no semiárido.
O governo federal diz também que as condições hídricas e o meio ambiente não serão afetados pela megaobra.
A reportagem é de Cláudia Lamego e Evandro Éboli e publicada pelo jornal O Globo, 23-07-2009.
Esse diagnóstico foi feito pelo IBGE e publicado no estudo Vetores Estruturantes da Dimensão Socioeconômica da Bacia Hidrográfica do São Francisco, divulgado ontem.
O estudo mostra que a construção de hidrelétricas e canais de irrigação reduziu a vazão do rio, afetando a pesca extrativista na região. A redução da vazão, segundo o IBGE, “alterou a intensidade e a época das cheias, impedindo a inundação das lagoas marginais nas quais se dá a reprodução dos peixes e também a piracema”, diz o estudo.
Ainda de acordo com o instituto, a instalação de projetos agrícolas e industriais sem infraestrutura adequada e o aumento populacional no entorno contribuem para a degradação do meio ambiente na região.
— É preciso combater o desmatamento, acabar com os dejetos de esgoto e de água sem tratamento, fortalecendo o rio. Atualmente, 78% do uso do São Francisco é para irrigação, e isso preocupa, porque antes de pensar na transposição, é preciso trabalhar na revitalização do rio — diz a geógrafa Adma Hamam, coordenadora do estudo.
Obras da transposição estão aceleradas, diz governo
A pesquisa do IBGE faz parte de uma série de trabalhos encomendados pelo Ministério do Meio Ambiente a várias entidades.
Esses relatórios servirão de subsídio para políticas de revitalização da área. Enquanto isso, o governo federal acelera a obra da transposição do São Francisco para que o sistema comece a funcionar no final de 2010, antes do final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O projeto está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O diretor do Departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração Nacional, Francisco Campos Abreu, informou ontem que, até essa data, os dois eixos que compõem o projeto, o Norte e o Leste, estarão praticamente concluídos.
O custo total da obra está orçado em R$ 5 bilhões, mas o governo desembolsou até agora apenas R$ 600 milhões, 12% do total. Para cada um dos 14 lotes da obra foi formado um consórcio de empreiteiras. Segundo Abreu, houve a readequação do projeto, em fevereiro deste ano, após reuniões comandadas pela ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e novas metas foram estabelecidas.
— A obra está num ritmo muito bom, com jornada dupla de trabalho — disse Abreu.
A estimativa é que a transposição beneficiará cerca de doze milhões de nordestinos e o governo acredita que o empreendimento vai alavancar o desenvolvimento de cadeias produtivas e irrigação de muitas áreas.
A disposição do recurso hídrico incrementará atividades econômicas como produção de frutas até para exportação.
O Ministério da Integração nega que o curso do São Francisco será desviado e que apenas uma pequena parte de seu volume — que representa 1% da água que o rio joga no mar — será captada para garantir o consumo da população e dos animais que vivem no semiárido.
O governo federal diz também que as condições hídricas e o meio ambiente não serão afetados pela megaobra.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
AULA DE GEOGRAFIA - SEGUNDOS ANOS - COLÉGIO GUIMARÃES ROSA !
A IndustrializaçãO Brasileira
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domingo, 21 de junho de 2009
País é o que mais desperdiça aula com bronca
Os professores brasileiros são os que mais desperdiçam com outras atividades o tempo que deveria ser dedicado ao ensino. No período em que deveriam estar dando aula, eles cumprem tarefas administrativas (como lista de chamada e reuniões) ou tentam manter a disciplina em sala de aula (em consequência do mau comportamento dos alunos).
A reportagem é de Antônio Gois e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 17-06-2009.
A conclusão é de um dos mais detalhados estudos comparativos sobre as condições de trabalho de professores de 5ª a 8ª séries de 23 países, divulgado ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A pesquisa foi feita em 2007 e 2008.
O resultado não surpreendeu Roberto de Leão, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação.
"Não li a pesquisa, mas é fato que muito do tempo do professor é roubado por tarefas que não deveriam ser dele. Ele precisa muitas vezes fazer a função de psicólogo, pai ou assistente social, já que todos os problemas sociais acabam convergindo para a escola."
Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação, conta que, quando foi secretário de Educação em Pernambuco, vivenciou isso na prática.
"Fizemos uma pesquisa com o Banco Mundial que mostrou que boa parte do tempo do professor era para resolver questões que deveriam ser de responsabilidade de outros profissionais. Mas também detectamos que se perdia tempo com o professor falando de outros assuntos, em vez de tratar do conteúdo daquela disciplina."
O relatório da OCDE mostra que a maioria (71%, maior percentual registrado) dos professores brasileiros começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos países nesse quesito é de 25%.
Os brasileiros também são dos que mais afirmam (84%) que gostariam de participar de cursos de desenvolvimento profissional. Esse percentual só é maior no México (85%).
As informações foram colhidas em questionários respondidos por diretores e professores de escolas (públicas e privadas) selecionadas por amostra. No Brasil, 5.687 professores responderam ao questionário, aplicado em 2007 e 2008.
Leão e Ramos concordam com o diagnóstico de que poucos professores passam por um processo de adaptação.
"Muitas vezes, o secretário tem que preencher logo as vagas após um concurso para não deixar alunos sem aula. É como trocar o pneu do carro em movimento, quando o ideal seria ter um tempo para preparar melhor o profissional que começará a dar aulas", diz Ramos.
Esse problema se agrava com a constatação na pesquisa de que os professores brasileiros trabalham com turmas com número de alunos (32) acima da média (24). Apenas no México, na Malásia e na Coreia do Sul essa relação é maior.
Eles também têm menos experiência em sala de aula do que a média -só 19% dão aula há mais de 20 anos; a média de todas as nações comparadas é 36%. Estão abaixo da média (89,6%) ainda no nível de satisfação com o trabalho: 84,7%, o quarto menor índice.
Diretores
A pesquisa investigou a visão dos diretores sobre problemas que afetam o aprendizado. O Brasil fica acima da média em questões como absenteísmo de docentes, atrasos e falta de formação pedagógica adequada.
Também foram listados problemas relacionados a alunos, como vandalismo, agressões ou trapaças no momento da prova.
A indisciplina se mostrou um problema mundial. Na média dos países, 60% dos diretores afirmaram ter, em alguma medida, distúrbios em sala de aula provocados pelo problema.
O México tem o maior percentual (72%); o Brasil tem exatamente o índice da média.
Diretores brasileiros foram dos que mais relataram ter pouca ou nenhuma autonomia para contratar, demitir ou promover professores por seu desempenho em sala de aula. No Brasil, só 27% disseram que podem escolher os professores. A média dos países é de 68%.
A reportagem é de Antônio Gois e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 17-06-2009.
A conclusão é de um dos mais detalhados estudos comparativos sobre as condições de trabalho de professores de 5ª a 8ª séries de 23 países, divulgado ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A pesquisa foi feita em 2007 e 2008.
O resultado não surpreendeu Roberto de Leão, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação.
"Não li a pesquisa, mas é fato que muito do tempo do professor é roubado por tarefas que não deveriam ser dele. Ele precisa muitas vezes fazer a função de psicólogo, pai ou assistente social, já que todos os problemas sociais acabam convergindo para a escola."
Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do movimento Todos Pela Educação, conta que, quando foi secretário de Educação em Pernambuco, vivenciou isso na prática.
"Fizemos uma pesquisa com o Banco Mundial que mostrou que boa parte do tempo do professor era para resolver questões que deveriam ser de responsabilidade de outros profissionais. Mas também detectamos que se perdia tempo com o professor falando de outros assuntos, em vez de tratar do conteúdo daquela disciplina."
O relatório da OCDE mostra que a maioria (71%, maior percentual registrado) dos professores brasileiros começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos países nesse quesito é de 25%.
Os brasileiros também são dos que mais afirmam (84%) que gostariam de participar de cursos de desenvolvimento profissional. Esse percentual só é maior no México (85%).
As informações foram colhidas em questionários respondidos por diretores e professores de escolas (públicas e privadas) selecionadas por amostra. No Brasil, 5.687 professores responderam ao questionário, aplicado em 2007 e 2008.
Leão e Ramos concordam com o diagnóstico de que poucos professores passam por um processo de adaptação.
"Muitas vezes, o secretário tem que preencher logo as vagas após um concurso para não deixar alunos sem aula. É como trocar o pneu do carro em movimento, quando o ideal seria ter um tempo para preparar melhor o profissional que começará a dar aulas", diz Ramos.
Esse problema se agrava com a constatação na pesquisa de que os professores brasileiros trabalham com turmas com número de alunos (32) acima da média (24). Apenas no México, na Malásia e na Coreia do Sul essa relação é maior.
Eles também têm menos experiência em sala de aula do que a média -só 19% dão aula há mais de 20 anos; a média de todas as nações comparadas é 36%. Estão abaixo da média (89,6%) ainda no nível de satisfação com o trabalho: 84,7%, o quarto menor índice.
Diretores
A pesquisa investigou a visão dos diretores sobre problemas que afetam o aprendizado. O Brasil fica acima da média em questões como absenteísmo de docentes, atrasos e falta de formação pedagógica adequada.
Também foram listados problemas relacionados a alunos, como vandalismo, agressões ou trapaças no momento da prova.
A indisciplina se mostrou um problema mundial. Na média dos países, 60% dos diretores afirmaram ter, em alguma medida, distúrbios em sala de aula provocados pelo problema.
O México tem o maior percentual (72%); o Brasil tem exatamente o índice da média.
Diretores brasileiros foram dos que mais relataram ter pouca ou nenhuma autonomia para contratar, demitir ou promover professores por seu desempenho em sala de aula. No Brasil, só 27% disseram que podem escolher os professores. A média dos países é de 68%.
domingo, 7 de junho de 2009
AULA DE GEOGRAFIA COLÉGIO GUIMARÃES ROSA : Se Virem Nos 40
REVISIONAL PARA AVALIAÇÃO DE GEOGRAFIA
Se Virem Nos 40
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domingo, 24 de maio de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
AULAS DO TERCEIRO ANO - SÃO CAMILO - CACHOEIRO
AULAS DE GEOGRAFIA - TERCEIRO ANO - SÃO CAMILO
As Redes Imateriais F
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terça-feira, 5 de maio de 2009
AULAS DO SEGUNDO ANO - SÃO CAMILO - CACHOEIRO
O MEIO URBANO - SEGUNDO ANO - SÃO CAMILO - CACHOEIRO
O Meio Urbano
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quinta-feira, 9 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
SÃO CAMILO - PRIMEIROS ANOS - AULA 11 e 12 !
BRASIL: SEU TAMANHO E GIGANTISMO !
AULA: 11: POSIÇÃO GEOGRAÁFICA DO BRASIL
Objetivo
Levar o aluno a compreender que a localização de um país em determinada posição na superfície terrestre pode influir em suas características naturais,
na diversidade de sua produção econômica e nas suas relações geopolíticas.
Encaminhamento
1. Utilizando mapas, analisar a posição geográfica do Brasil. Iniciar com os dados da área territorial brasileira e de sua população. Depois, destacar essa posição em relação às outras nações, tecendo breves comentários sobre os países que são maiores que o Brasil.
2. Usando um mapa, mostrar que o Brasil é atravessado pela linha do Equador na porção setentrional, possuindo, assim, terras em dois hemisférios:
o norte e o sul. Mostrar também que o Brasil é atravessado pelo Trópico de Capricórnio na sua porção meridional, possuindo, assim, terras em duas zonas climáticas: a intertropical e a temperada do sul.
3. Comentar sobre a grande extensão norte-sul e leste-oeste do Brasil apresentando os valores oficiais, segundo o IBGE. Falar genericamente sobre algumas vantagens e desvantagens dessa extensão do país.
4. Com o auxílio dos professores de História, trabalhar o processo de formação territorial do Brasil, especialmente a questão dos tratados de Tordesilhas, de Madri e de Petrópolis, que levaram o país a apresentar sua delineação atual.
5. Mostrar, por meio de mapas, a localização dos pontos extremos do país, chamando a atenção para o erro da expressão “do Oiapoque ao Chuí” como indicativa dos pontos extremos do norte e do sul.
6. Utilizando um mapa da América do Sul, comentar a posição geográfica do Brasil no subcontinente e sua dimensão territorial, especialmente em relação às nações com as quais se limita. Falar também sobre a importância das fronteiras para o Brasil do ponto de vista econômico e histórico.
7. Destacar a grande extensão litorânea do Brasil e o uso que o país tem feito dessa fronteira oceânica em termos econômicos.
8. Resolver os exercícios 1 e 2 da Apostila-caderno e recomendar as Tarefas Mínima e Complementar.
ESQUEMA DA AULA 11
LOCALIZAÇÃO DO BRASIL NO MUNDO
O Brasil é um país privilegiado em diversos aspectos, quanto à extensão do território possui uma dimensão continental, uma vez que ocupa grande parte das terras da América do Sul. O imenso território favorece a existência de diversos tipos de vegetações e também de climas.
O território brasileiro está localizado em sua totalidade no ocidente, além de estar quase totalmente no hemisfério sul é cortado no extremo norte pelo paralelo do Equador e somente 7% se encontra no hemisfério norte. Para a realização precisa da localização do Brasil e de outros países, independentemente do ponto do planeta, faz-se necessário a utilização das coordenadas geográficas. Essas são nada mais do que as latitudes e longitudes. As latitudes explicitam os pontos em graus de um determinado lugar ao longo da superfície terrestre, tomando como referência a Linha do Equador no sentido norte e sul.
Já as longitudes mostram a posição em graus de um determinado ponto da Terra que tem como referência principal o Meridiano de Greenwich no sentido leste ou oeste.
A abundância territorial faz com que o Brasil tenha três fusos, uma vez que no sentido leste-oeste é bastante extenso, são 4.319 quilômetros de um ponto extremo a outro.
Existem no mundo dezenas de países que ocupam um território estabelecido em determinada posição geográfica no globo terrestre.
Dessa forma, o Brasil ocupa uma área no espaço geográfico mundial, e consequentemente possui uma localização, como se fosse o “endereço” do mesmo. O território brasileiro está localizado, quase em sua totalidade, no hemisfério sul, mais precisamente 93% do território, e no hemisfério norte 7%. O país está estabelecido no ocidente, ou seja, a oeste do meridiano de Greenwich, além disso, é cortado ao norte pelo paralelo do Equador. Encontra-se na zona intertropical, zona temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Brasil compõe a América do Sul e faz fronteira com todos os países dessa porção do continente americano, exceto Equador e Chile.
O Brasil destaca-se quanto à extensão territorial, ocupa o quinto lugar do mundo, por isso é considerado um país de dimensão continental, o espaço geográfico ocupado representa 5,7% das terras emersas do planeta, com uma área de 8.51.965 km2.
O litoral brasileiro totaliza 7.367 km e de fronteiras 15.719 km. O extremo do país no sentido leste (Ponta do Seixas) a oeste (Serra Contamana) possui uma distância de 4319 km e no sentido norte (Monte Caburaí) a sul (Arrroio Chuí) 4.394 km. Essas dimensões favorecem a formação de três fusos horários distintos. Essas características físicas do território favorecem a permanência de grande variedade de clima, vegetação, relevo, fuso etc.
TAMANHO: GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
O Brasil é considerado um país de dimensões continentais, pois apresenta uma superfície de 8.511.996 quilômetros quadrados e se enquadra entre os cinco maiores países do mundo. Veja abaixo os países com maior extensão territorial:
1º - Rússia (17.075.400 km2)
2º - Canadá (9.922.330 km2)
3º - China (9.461.300 km2)
4º - Estados Unidos (incluindo o Alasca e Hawaii: 9.363.124 km2)
5º - Brasil (8.511.996 km2)
O território brasileiro representa 1,6% de toda a superfície do planeta, ocupando 5,7% da porção emersa da Terra, 20,8% da área de toda a América e 47,3% da América do Sul.
Para se ter uma idéia da dimensão do nosso país (leste - oeste), veja que a distância de Natal (RN) a Cruzeiro do Sul (AC) é de aproximadamente 4.100 km. Já a distância de Natal até Monróvia, capital da Libéria (na África Ocidental), é de aproximadamente 2.900 km.
Localizado na América do Sul, o Brasil ocupa a porção centro-oriental do continente. Apresenta uma extensa faixa de fronteiras terrestres (15.719 km), limitando-se com quase todos os países sul-americanos (exceção do Chile e do Equador). Apresenta também uma extensa orla marítima (7.367 km), banhada pelo oceano Atlântico.
O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de Greenwich, situando-se, portanto, inteiramente no hemisfério ocidental. É cortado, ao norte, pela linha do equador e apresenta 7% de suas terras no hemisfério norte, ou setentrional, e 93%, no hemisfério sul, ou meridional. Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio (esta linha imaginária passa em São Paulo), apresentando 92% do seu território na zona intertropical, isto é, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Os 8% restantes estão na zona temperada do sul, entre o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico.
A localização geográfica do Brasil e suas características políticas, econômicas e sociais enquadram-no em determinados blocos de nações. Quando havia o chamado conflito leste-oeste, o Brasil assumia sua posição de país ocidental e capitalista; como país meridional, no diálogo norte-sul, alinha-se entre os países pobres (do sul); e como país tropical compõe o grupo dos países espoliados pelo colonialismo europeu e posteriormente pelo neocolonialismo dos desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos.
FRONTEIRAS DO BRASIL
A partir da criação dos Estados como nação, todos esses tiveram a necessidade de estabelecer fronteiras promovendo a separação entre os países para que não aconteça uma intervenção da soberania, ou seja, um país ingressar no território vizinho.
A delimitação ou os limites entre os territórios tem como objetivo identificar onde começa um território e termina outro. Todos os limites territoriais existentes na face da Terra foram firmados por meio de acordos e tratados entre os países envolvidos, após esse processo foram implantadas linhas imaginárias que são, em grandes casos, marcadas por meio de elementos naturais como rios, lagos, serras e montanhas ou uma construção de um marco artificial sobre o terreno.
Diversas vezes a expressão limite é confundida com fronteira, no entanto, essa corresponde a toda extensão da linha limite de um país (exemplo fronteira entre Argentina e Brasil). Todo país que possui litoral detém parte do território em áreas marinhas até um certo ponto do oceano, denominada de fronteira marítima.
As zonas próximas às fronteiras entre duas nações normalmente são urbanizadas e produzem um grande fluxo comercial e cultural entre habitantes das nacionalidades envolvidas.
Um grande número de países possui um esquema de defesa nas faixas de fronteiras no continente e no mar, com intuito de proteger o território e conservar a soberania, além de evitar a entrada de contrabando, drogas, armas, imigrantes ilegais entre outros.
AULA 12: GEOPOLÍTICA BRASILEIRA
Objetivo
Levar o aluno a compreender que a análise da posição geográfica de um país deve ser feita também sob o enfoque geopolítico. As relações entre países vizinhos apresentam costumeiramente situações de conflito (disputa pela posse de um espaço ou pelo controle político de determinados recursos), que devem ser analisadas com maior profundidade para que se entenda a complexidade
dessas relações.
Encaminhamento
1. Iniciar esta aula apresentando o conceito de Geopolítica. O auxílio dos professores de História pode ser muito útil para desenvolver o tema e explicar esse conceito a partir de uma breve discussão sobre a estratégia geopolítica aplicada na Alemanha de Hitler.
2. Explicar para os alunos o que foi o Pacto Amazônico, exemplo concreto de geopolítica sulamericana aplicada em contraposição à geopolítica norte-americana de controle das grandes bacias hidrográficas da América do Sul.
3. Explicar o que é o Projeto Calha Norte, quais os seus objetivos e como foi implantado na Amazônia. Seria interessante comentar a questão do contrabando e do narcotráfico na região.
4. Explicar o que é o Projeto Sivam, quais os seus objetivos e como está sendo implantado na Amazônia. Solicitar aos alunos que realizem uma pesquisa em jornais e revistas (especialmente dos anos de 1997 e 1998) para, com as informações recolhidas, discutir as questões paralelas relacionadas com o assunto: a escolha da empresa americana Raytheon, a polêmica com a empresa francesa.
5. Discutir com os alunos o tema sobre a Geopolítica brasileira na Antártica.
6. Resolver o exercício 1 e 2 da Apostila-caderno e recomendar as Tarefas Mínima e Complementar.
ESQUEMA AULA 13
A GEOPOLÍTICA BRASILEIRA
No território brasileiro também se configuram características e situações que envolvem a geopolítica - principalmente de acordo com as características sócio-econômicas das diferentes regiões do país, o desenvolvimento econômico, os conflitos sociais na zona rural e urbana e a inserção do país na econômia internacional, tendo como destaque a negociação com grandes blocos e a formação de entidades supranacionais, como o Mercosul.
Além disso, áreas importantes do país configuram o cenário geopolítico brasileiro, como a questão do petróleo nacional, a reforma agrária e as relações entre o Estado e administração territorial, em especial, no que se refere a Floresta Amazônica Legal e internacional.
Não se pode deixar ainda de citar, como questão geopolítica brasileira, a construção da capital federal, Brasília, na região Centro-Oeste do país. Esta é uma verdadeira circunstância estratégica, com o deslocamento da capital federal do Rio de Janeiro, na costa litorânea, para o interior do país, no cerrado, compondo uma distribuição geográfica de poder político mais equânime com as reais dimensões do país. O fato é que, com o programa de povoamento do Centro-Oeste e com a evolução dos conflitos mundiais, o Estado decidiu interiorizar a capital do Brasil. Assim, durante o governo de JK surgiu o Plano Piloto, que finalmente construiu o Distrito Federal.
Como grandes nomes dos estudos geopolíticos nacionais, podemos citar Mário Travasos, Carlos de Meira Mattos, Golbery do Couto Silva e Therezinha de Castro.
PACTO AMAZÔNICO
O Tratado de Cooperação Amazônica, assinado pelas Repúblicas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, em 1978, com o objetivo de promover o desenvolvimento regional, o equilíbrio entre o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente, está prestes a sair do papel depois de 24 anos. O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, e o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Jefferson Péres (PDT-AM), estiveram reunidos ontem no Palácio do Itamarati para discutir a realização de um seminário internacional, em Manaus, de 14 a 16 de agosto deste ano, com a presença de representantes de todos os países membros.Animado com a retomada da discussão do Pacto Amazônico, o senador Jefferson Péres acredita que o seminário na capital do Amazonas vai ajudar a divulgar melhor a região e abrir o debate sobre os problemas que mais afligem os amazônidas brasileiros e do restante do continente. "É incrível como um tratado que vai completar um quarto de século esteja praticamente desativado, sem sair do papel e não tenha havido uma mobilização por parte dos políticos e empresários da Amazônia. Até entendo que os ministros que passaram pelo Itamarati, sendo de outros Estados do Sul e Sudeste, esqueçam o pacto, mas cabe a nós reativar esse tratado", declara o parlamentar.De acordo com o ministro Celso Lafer, o encontro vai colher subsídios para instalação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, organismo internacional que será sediado em Brasília. Essa retomada do acordo está sendo possível principalmente porque o Parlamento e a Corte Suprema da Colômbia aprovaram a adesão do País. No final de fevereiro deste ano, cerca de 140 personalidades políticas, acadêmicas e técnicos do Itamarati participaram de um debate nacional sobre o tratado que funcionou com reunião preparatória para o seminário de Manaus."A idéia síntese por trás de toda essa discussão é o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sustentável no sentido mais amplo: ambiental, econômico, social e fazer dele o melhor aproveitamos dos recursos da região para o nosso povo e para os nossos vizinhos", define Lafer.
Objetivo
Levar o aluno a compreender que a localização de um país em determinada posição na superfície terrestre pode influir em suas características naturais,
na diversidade de sua produção econômica e nas suas relações geopolíticas.
Encaminhamento
1. Utilizando mapas, analisar a posição geográfica do Brasil. Iniciar com os dados da área territorial brasileira e de sua população. Depois, destacar essa posição em relação às outras nações, tecendo breves comentários sobre os países que são maiores que o Brasil.
2. Usando um mapa, mostrar que o Brasil é atravessado pela linha do Equador na porção setentrional, possuindo, assim, terras em dois hemisférios:
o norte e o sul. Mostrar também que o Brasil é atravessado pelo Trópico de Capricórnio na sua porção meridional, possuindo, assim, terras em duas zonas climáticas: a intertropical e a temperada do sul.
3. Comentar sobre a grande extensão norte-sul e leste-oeste do Brasil apresentando os valores oficiais, segundo o IBGE. Falar genericamente sobre algumas vantagens e desvantagens dessa extensão do país.
4. Com o auxílio dos professores de História, trabalhar o processo de formação territorial do Brasil, especialmente a questão dos tratados de Tordesilhas, de Madri e de Petrópolis, que levaram o país a apresentar sua delineação atual.
5. Mostrar, por meio de mapas, a localização dos pontos extremos do país, chamando a atenção para o erro da expressão “do Oiapoque ao Chuí” como indicativa dos pontos extremos do norte e do sul.
6. Utilizando um mapa da América do Sul, comentar a posição geográfica do Brasil no subcontinente e sua dimensão territorial, especialmente em relação às nações com as quais se limita. Falar também sobre a importância das fronteiras para o Brasil do ponto de vista econômico e histórico.
7. Destacar a grande extensão litorânea do Brasil e o uso que o país tem feito dessa fronteira oceânica em termos econômicos.
8. Resolver os exercícios 1 e 2 da Apostila-caderno e recomendar as Tarefas Mínima e Complementar.
ESQUEMA DA AULA 11
LOCALIZAÇÃO DO BRASIL NO MUNDO
O Brasil é um país privilegiado em diversos aspectos, quanto à extensão do território possui uma dimensão continental, uma vez que ocupa grande parte das terras da América do Sul. O imenso território favorece a existência de diversos tipos de vegetações e também de climas.
O território brasileiro está localizado em sua totalidade no ocidente, além de estar quase totalmente no hemisfério sul é cortado no extremo norte pelo paralelo do Equador e somente 7% se encontra no hemisfério norte. Para a realização precisa da localização do Brasil e de outros países, independentemente do ponto do planeta, faz-se necessário a utilização das coordenadas geográficas. Essas são nada mais do que as latitudes e longitudes. As latitudes explicitam os pontos em graus de um determinado lugar ao longo da superfície terrestre, tomando como referência a Linha do Equador no sentido norte e sul.
Já as longitudes mostram a posição em graus de um determinado ponto da Terra que tem como referência principal o Meridiano de Greenwich no sentido leste ou oeste.
A abundância territorial faz com que o Brasil tenha três fusos, uma vez que no sentido leste-oeste é bastante extenso, são 4.319 quilômetros de um ponto extremo a outro.
Existem no mundo dezenas de países que ocupam um território estabelecido em determinada posição geográfica no globo terrestre.
Dessa forma, o Brasil ocupa uma área no espaço geográfico mundial, e consequentemente possui uma localização, como se fosse o “endereço” do mesmo. O território brasileiro está localizado, quase em sua totalidade, no hemisfério sul, mais precisamente 93% do território, e no hemisfério norte 7%. O país está estabelecido no ocidente, ou seja, a oeste do meridiano de Greenwich, além disso, é cortado ao norte pelo paralelo do Equador. Encontra-se na zona intertropical, zona temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Brasil compõe a América do Sul e faz fronteira com todos os países dessa porção do continente americano, exceto Equador e Chile.
O Brasil destaca-se quanto à extensão territorial, ocupa o quinto lugar do mundo, por isso é considerado um país de dimensão continental, o espaço geográfico ocupado representa 5,7% das terras emersas do planeta, com uma área de 8.51.965 km2.
O litoral brasileiro totaliza 7.367 km e de fronteiras 15.719 km. O extremo do país no sentido leste (Ponta do Seixas) a oeste (Serra Contamana) possui uma distância de 4319 km e no sentido norte (Monte Caburaí) a sul (Arrroio Chuí) 4.394 km. Essas dimensões favorecem a formação de três fusos horários distintos. Essas características físicas do território favorecem a permanência de grande variedade de clima, vegetação, relevo, fuso etc.
TAMANHO: GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
O Brasil é considerado um país de dimensões continentais, pois apresenta uma superfície de 8.511.996 quilômetros quadrados e se enquadra entre os cinco maiores países do mundo. Veja abaixo os países com maior extensão territorial:
1º - Rússia (17.075.400 km2)
2º - Canadá (9.922.330 km2)
3º - China (9.461.300 km2)
4º - Estados Unidos (incluindo o Alasca e Hawaii: 9.363.124 km2)
5º - Brasil (8.511.996 km2)
O território brasileiro representa 1,6% de toda a superfície do planeta, ocupando 5,7% da porção emersa da Terra, 20,8% da área de toda a América e 47,3% da América do Sul.
Para se ter uma idéia da dimensão do nosso país (leste - oeste), veja que a distância de Natal (RN) a Cruzeiro do Sul (AC) é de aproximadamente 4.100 km. Já a distância de Natal até Monróvia, capital da Libéria (na África Ocidental), é de aproximadamente 2.900 km.
Localizado na América do Sul, o Brasil ocupa a porção centro-oriental do continente. Apresenta uma extensa faixa de fronteiras terrestres (15.719 km), limitando-se com quase todos os países sul-americanos (exceção do Chile e do Equador). Apresenta também uma extensa orla marítima (7.367 km), banhada pelo oceano Atlântico.
O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de Greenwich, situando-se, portanto, inteiramente no hemisfério ocidental. É cortado, ao norte, pela linha do equador e apresenta 7% de suas terras no hemisfério norte, ou setentrional, e 93%, no hemisfério sul, ou meridional. Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio (esta linha imaginária passa em São Paulo), apresentando 92% do seu território na zona intertropical, isto é, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Os 8% restantes estão na zona temperada do sul, entre o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico.
A localização geográfica do Brasil e suas características políticas, econômicas e sociais enquadram-no em determinados blocos de nações. Quando havia o chamado conflito leste-oeste, o Brasil assumia sua posição de país ocidental e capitalista; como país meridional, no diálogo norte-sul, alinha-se entre os países pobres (do sul); e como país tropical compõe o grupo dos países espoliados pelo colonialismo europeu e posteriormente pelo neocolonialismo dos desenvolvidos sobre os subdesenvolvidos.
FRONTEIRAS DO BRASIL
A partir da criação dos Estados como nação, todos esses tiveram a necessidade de estabelecer fronteiras promovendo a separação entre os países para que não aconteça uma intervenção da soberania, ou seja, um país ingressar no território vizinho.
A delimitação ou os limites entre os territórios tem como objetivo identificar onde começa um território e termina outro. Todos os limites territoriais existentes na face da Terra foram firmados por meio de acordos e tratados entre os países envolvidos, após esse processo foram implantadas linhas imaginárias que são, em grandes casos, marcadas por meio de elementos naturais como rios, lagos, serras e montanhas ou uma construção de um marco artificial sobre o terreno.
Diversas vezes a expressão limite é confundida com fronteira, no entanto, essa corresponde a toda extensão da linha limite de um país (exemplo fronteira entre Argentina e Brasil). Todo país que possui litoral detém parte do território em áreas marinhas até um certo ponto do oceano, denominada de fronteira marítima.
As zonas próximas às fronteiras entre duas nações normalmente são urbanizadas e produzem um grande fluxo comercial e cultural entre habitantes das nacionalidades envolvidas.
Um grande número de países possui um esquema de defesa nas faixas de fronteiras no continente e no mar, com intuito de proteger o território e conservar a soberania, além de evitar a entrada de contrabando, drogas, armas, imigrantes ilegais entre outros.
AULA 12: GEOPOLÍTICA BRASILEIRA
Objetivo
Levar o aluno a compreender que a análise da posição geográfica de um país deve ser feita também sob o enfoque geopolítico. As relações entre países vizinhos apresentam costumeiramente situações de conflito (disputa pela posse de um espaço ou pelo controle político de determinados recursos), que devem ser analisadas com maior profundidade para que se entenda a complexidade
dessas relações.
Encaminhamento
1. Iniciar esta aula apresentando o conceito de Geopolítica. O auxílio dos professores de História pode ser muito útil para desenvolver o tema e explicar esse conceito a partir de uma breve discussão sobre a estratégia geopolítica aplicada na Alemanha de Hitler.
2. Explicar para os alunos o que foi o Pacto Amazônico, exemplo concreto de geopolítica sulamericana aplicada em contraposição à geopolítica norte-americana de controle das grandes bacias hidrográficas da América do Sul.
3. Explicar o que é o Projeto Calha Norte, quais os seus objetivos e como foi implantado na Amazônia. Seria interessante comentar a questão do contrabando e do narcotráfico na região.
4. Explicar o que é o Projeto Sivam, quais os seus objetivos e como está sendo implantado na Amazônia. Solicitar aos alunos que realizem uma pesquisa em jornais e revistas (especialmente dos anos de 1997 e 1998) para, com as informações recolhidas, discutir as questões paralelas relacionadas com o assunto: a escolha da empresa americana Raytheon, a polêmica com a empresa francesa.
5. Discutir com os alunos o tema sobre a Geopolítica brasileira na Antártica.
6. Resolver o exercício 1 e 2 da Apostila-caderno e recomendar as Tarefas Mínima e Complementar.
ESQUEMA AULA 13
A GEOPOLÍTICA BRASILEIRA
No território brasileiro também se configuram características e situações que envolvem a geopolítica - principalmente de acordo com as características sócio-econômicas das diferentes regiões do país, o desenvolvimento econômico, os conflitos sociais na zona rural e urbana e a inserção do país na econômia internacional, tendo como destaque a negociação com grandes blocos e a formação de entidades supranacionais, como o Mercosul.
Além disso, áreas importantes do país configuram o cenário geopolítico brasileiro, como a questão do petróleo nacional, a reforma agrária e as relações entre o Estado e administração territorial, em especial, no que se refere a Floresta Amazônica Legal e internacional.
Não se pode deixar ainda de citar, como questão geopolítica brasileira, a construção da capital federal, Brasília, na região Centro-Oeste do país. Esta é uma verdadeira circunstância estratégica, com o deslocamento da capital federal do Rio de Janeiro, na costa litorânea, para o interior do país, no cerrado, compondo uma distribuição geográfica de poder político mais equânime com as reais dimensões do país. O fato é que, com o programa de povoamento do Centro-Oeste e com a evolução dos conflitos mundiais, o Estado decidiu interiorizar a capital do Brasil. Assim, durante o governo de JK surgiu o Plano Piloto, que finalmente construiu o Distrito Federal.
Como grandes nomes dos estudos geopolíticos nacionais, podemos citar Mário Travasos, Carlos de Meira Mattos, Golbery do Couto Silva e Therezinha de Castro.
PACTO AMAZÔNICO
O Tratado de Cooperação Amazônica, assinado pelas Repúblicas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, em 1978, com o objetivo de promover o desenvolvimento regional, o equilíbrio entre o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente, está prestes a sair do papel depois de 24 anos. O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, e o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Jefferson Péres (PDT-AM), estiveram reunidos ontem no Palácio do Itamarati para discutir a realização de um seminário internacional, em Manaus, de 14 a 16 de agosto deste ano, com a presença de representantes de todos os países membros.Animado com a retomada da discussão do Pacto Amazônico, o senador Jefferson Péres acredita que o seminário na capital do Amazonas vai ajudar a divulgar melhor a região e abrir o debate sobre os problemas que mais afligem os amazônidas brasileiros e do restante do continente. "É incrível como um tratado que vai completar um quarto de século esteja praticamente desativado, sem sair do papel e não tenha havido uma mobilização por parte dos políticos e empresários da Amazônia. Até entendo que os ministros que passaram pelo Itamarati, sendo de outros Estados do Sul e Sudeste, esqueçam o pacto, mas cabe a nós reativar esse tratado", declara o parlamentar.De acordo com o ministro Celso Lafer, o encontro vai colher subsídios para instalação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, organismo internacional que será sediado em Brasília. Essa retomada do acordo está sendo possível principalmente porque o Parlamento e a Corte Suprema da Colômbia aprovaram a adesão do País. No final de fevereiro deste ano, cerca de 140 personalidades políticas, acadêmicas e técnicos do Itamarati participaram de um debate nacional sobre o tratado que funcionou com reunião preparatória para o seminário de Manaus."A idéia síntese por trás de toda essa discussão é o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sustentável no sentido mais amplo: ambiental, econômico, social e fazer dele o melhor aproveitamos dos recursos da região para o nosso povo e para os nossos vizinhos", define Lafer.
O programa do seminário, organizado pelo Ministério das Relações Exteriores e a comissão do Senado, ainda não está fechado, mas alguns temas foram discutidos ontem na reunião entre Celso Lafer e Jefferson Péres. A cooperação amazônica na integração sul-americana será debatida na abertura da reunião; a biodiversidade, ecossistemas, a preservação da floresta e a preservação das nascentes da bacia amazônica estarão reunidas na temática sobre a "Amazônia no contexto mundial". Já o zoneamento econômico-ecológico, a demarcação dos povos indígenas e a situação demográfica da região serão debatidos na plenária sobre a "ocupação da Amazônia e sua população atual".Zona Franca de Manaus na pauta Na pauta do seminário internacional do Tratado de Cooperação Amazônica, a ser realizado em agosto deste ano, em Manaus, a Zona Franca e a industrialização da região também estão presentes, assim como as perspectivas em mineração e metalurgia; petroquímica e produção de gás natural; desenvolvimento pesqueiro e o potencial ecoturístico na Amazônia.Para Jefferson Péres, o debate sobre o futuro do modelo econômico da região vem em boa hora, pois, os países membros do Pacto Amazônico vão poder avaliar o papel da Zona Franca de Manaus ao longo desses anos e até influenciar na decisão do Governo brasileiro e do Congresso Nacional quando o projeto de prorrogação até 2040 for à votação.Essa esperança do senador amazonense parece não ecoar no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em entrevista coletiva, concedida ontem no Fórum Nacional de Secretários de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o ministro Sérgio Amaral, ao ser perguntado sobre a proposta de prorrogação da Zona Franca de Manaus, disse que "este assunto não está sendo discutido pelo Governo. "No momento, estamos discutindo como é que vamos redimensionar a Zona Fraca cada vez mais para exportar porque assim ela adquire, naturalmente, sustentabilidade e permanência", declarou Amaral.Na reunião de secretários estaduais, no MDIC, além do ICMS, retomada do programa do álcool, habitação social e ações de promoção das exportações brasileira, também foram anunciadas as comemorações dos 35 anos da ZFM. "Fizemos o convite aos Estados que considerem ou que participem, na medida que couber, do esforço para redirecionar a Zona Franca de Manaus para ser cada vez mais uma plataforma exportadora", enfatizou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
PROJETO CALHA NORTE
Projeto Calha Norte, idealizado em 1985 durante o governo Sarney, já previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas. Com 160 quilômetros de largura ao longo de 6,5 mil quilômetros de fronteiras com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia, essa faixa abriga quase 2 milhões de pessoas e ocupa 1,2 milhão de km², uma área correspondente a um quarto da Amazônia Legal e a quase 15% da área total do país.
O argumento usado para a implementação desse projeto é "fortalecer a presença nacional" ao longo da fronteira amazônica, tida como ponto vulnerável do território nacional.
Essa região seria vulnerável, pois estaria sendo usada no trajeto para o transporte de drogas vindo de países vizinhos, por isso um dos motivos é combater o narcotráfico. Além disso, seria necessário proteger as comunidades indígenas. Uma crítica em relação a isso diz que o governo teria disponibilizado grandes áreas para revervas indígenas, o que deixaria as fronteiras desprotegidas. Outras críticas em relação ao projeto são a aculturação, pois a presença do exército e da freqüente transição naquela região afetaria a cultura de povos indígenas, os impactos ambientais e o controle dos recursos naturais.
Foram projetadas mais de vinte unidades, entretanto só doze foram criadas.
Essa região, apesar de pouco povoada, é rica em minérios.E também em fertilidade no solo causado pelas feses dos animais muito presentes no dia-a-dia dos índios!
PROJETO SIVAM
Sistema de Vigilância da Amazônia ou SIVAM é um projeto elaborado pelas forças armadas do Brasil com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia.
Este projeto vinha a atender um antigo anseio das forças armadas que desejavam garantir a presença das forças armadas brasileira na Amazônia, com a finalidade de fazer frente a certas manifestações no exterior sobre os direitos dos brasileiros sobre esta região.
Seria construído uma infra-estrutura de apoio necessária para suportar a fixação de enormes antenas parabólicas de uso em radar bem como de modernas aparelhagens eletrônicas.
O SIVAM tem como finalidade a monitoramento da Amazônia Legal (que compreende a Região Norte do Brasil, o estado do Mato Grosso e parte do estado do Maranhão). Para tanto, foram criados subsistemas de monitoramento com os seguintes objetivos:
Monitoramento da atividade aérea - cuja responsabilidade é do Comando da Aeronáutica, envolvendo a FIR Amazônica. Inclui no seu acervo de sensores, radares bidimensionais e tridimensionais, bem como a capacidade de integrar informações de aviões de alarme aéreo antecipado AEW, integrados por meio de enlace de dados.
Monitoramento da região amazônica - cuja responsabilidade é da Casa Civil da Presidência da República, através do SIPAM. Suas capacidades vão desde o monitoramento da mata amazônica, unidades de conservação, meteorologia, vigilância do espectro eletromagnético, vigilância terrestre e célula de comando e controle de operações.
O equipamento necessário para a montagem do sistema foi fornecido pela empresa estadunidense Raytheon e pelas empresas brasileiras Atech e Embraer.
O SIVAM troca informações com o Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM e com o Sistema de Controle do Espaço Aéreo, trabalhando de maneira integrada entre si.
TERRAS BRASILEIRAS NA ANTÁRTICA
No ano de 1975, o Brasil aderiu ao Tratado da Antártica, e sete anos depois realizou sua primeira expedição ao continente Antártico. A primeira expedição ocorreu entre os verões de 1982/1983. Faziam parte desta expedição os Navios "Barão de Teffé", da marinha do Brasil e "Prof. Wladimir Besnard", do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Ambos os navios desempenharam um papel importante para a expedição. Fundou-se assim a Base Antártica Comandante Ferraz. Com os bem sucedidos resultados da expedição, fizeram com que o Brasil, em 1984, fosse aceito como membro pleno do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR, em Inglês).
Antártica Brasileira (PB) ou Antárctica Brasileira (PE), é uma região do continente Antártico de interesse pelo Brasil, localizado a Sul do Paralelo 60°S.
Há uma suposta reinvicação brasileira, também chamada de Teoria da Defrontação, originalmente proposta por Therezinha de Castro e Delgado de Carvalho, que nunca foi reconhecida pelo governo apesar de ter tido razoável aceitação entre círculos militares. O Brasil jamais fez uma reivindicação territorial: por um lado porque isso traria um desnecessário conflito com argentinos e britânicos, que reivindicam o setor proposto por Castro e Carvalho, por outro, porque a Teoria da Defrontação não tem o menor fundamento jurídico (chega a invocar o Tratado de Tordesilhas em seus argumentos).
Em 1986 o Brasil estabeleceu uma base no continente, base essa que passou a ter o nome de "Comandante Ferraz" e que serve de base para pesquisas científicas no continente. A população é de cerca de 48 pessoas no inverno e 100 durante o verão.
PROJETO CALHA NORTE
Projeto Calha Norte, idealizado em 1985 durante o governo Sarney, já previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas. Com 160 quilômetros de largura ao longo de 6,5 mil quilômetros de fronteiras com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia, essa faixa abriga quase 2 milhões de pessoas e ocupa 1,2 milhão de km², uma área correspondente a um quarto da Amazônia Legal e a quase 15% da área total do país.
O argumento usado para a implementação desse projeto é "fortalecer a presença nacional" ao longo da fronteira amazônica, tida como ponto vulnerável do território nacional.
Essa região seria vulnerável, pois estaria sendo usada no trajeto para o transporte de drogas vindo de países vizinhos, por isso um dos motivos é combater o narcotráfico. Além disso, seria necessário proteger as comunidades indígenas. Uma crítica em relação a isso diz que o governo teria disponibilizado grandes áreas para revervas indígenas, o que deixaria as fronteiras desprotegidas. Outras críticas em relação ao projeto são a aculturação, pois a presença do exército e da freqüente transição naquela região afetaria a cultura de povos indígenas, os impactos ambientais e o controle dos recursos naturais.
Foram projetadas mais de vinte unidades, entretanto só doze foram criadas.
Essa região, apesar de pouco povoada, é rica em minérios.E também em fertilidade no solo causado pelas feses dos animais muito presentes no dia-a-dia dos índios!
PROJETO SIVAM
Sistema de Vigilância da Amazônia ou SIVAM é um projeto elaborado pelas forças armadas do Brasil com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia.
Este projeto vinha a atender um antigo anseio das forças armadas que desejavam garantir a presença das forças armadas brasileira na Amazônia, com a finalidade de fazer frente a certas manifestações no exterior sobre os direitos dos brasileiros sobre esta região.
Seria construído uma infra-estrutura de apoio necessária para suportar a fixação de enormes antenas parabólicas de uso em radar bem como de modernas aparelhagens eletrônicas.
O SIVAM tem como finalidade a monitoramento da Amazônia Legal (que compreende a Região Norte do Brasil, o estado do Mato Grosso e parte do estado do Maranhão). Para tanto, foram criados subsistemas de monitoramento com os seguintes objetivos:
Monitoramento da atividade aérea - cuja responsabilidade é do Comando da Aeronáutica, envolvendo a FIR Amazônica. Inclui no seu acervo de sensores, radares bidimensionais e tridimensionais, bem como a capacidade de integrar informações de aviões de alarme aéreo antecipado AEW, integrados por meio de enlace de dados.
Monitoramento da região amazônica - cuja responsabilidade é da Casa Civil da Presidência da República, através do SIPAM. Suas capacidades vão desde o monitoramento da mata amazônica, unidades de conservação, meteorologia, vigilância do espectro eletromagnético, vigilância terrestre e célula de comando e controle de operações.
O equipamento necessário para a montagem do sistema foi fornecido pela empresa estadunidense Raytheon e pelas empresas brasileiras Atech e Embraer.
O SIVAM troca informações com o Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM e com o Sistema de Controle do Espaço Aéreo, trabalhando de maneira integrada entre si.
TERRAS BRASILEIRAS NA ANTÁRTICA
No ano de 1975, o Brasil aderiu ao Tratado da Antártica, e sete anos depois realizou sua primeira expedição ao continente Antártico. A primeira expedição ocorreu entre os verões de 1982/1983. Faziam parte desta expedição os Navios "Barão de Teffé", da marinha do Brasil e "Prof. Wladimir Besnard", do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Ambos os navios desempenharam um papel importante para a expedição. Fundou-se assim a Base Antártica Comandante Ferraz. Com os bem sucedidos resultados da expedição, fizeram com que o Brasil, em 1984, fosse aceito como membro pleno do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR, em Inglês).
Antártica Brasileira (PB) ou Antárctica Brasileira (PE), é uma região do continente Antártico de interesse pelo Brasil, localizado a Sul do Paralelo 60°S.
Há uma suposta reinvicação brasileira, também chamada de Teoria da Defrontação, originalmente proposta por Therezinha de Castro e Delgado de Carvalho, que nunca foi reconhecida pelo governo apesar de ter tido razoável aceitação entre círculos militares. O Brasil jamais fez uma reivindicação territorial: por um lado porque isso traria um desnecessário conflito com argentinos e britânicos, que reivindicam o setor proposto por Castro e Carvalho, por outro, porque a Teoria da Defrontação não tem o menor fundamento jurídico (chega a invocar o Tratado de Tordesilhas em seus argumentos).
Em 1986 o Brasil estabeleceu uma base no continente, base essa que passou a ter o nome de "Comandante Ferraz" e que serve de base para pesquisas científicas no continente. A população é de cerca de 48 pessoas no inverno e 100 durante o verão.
SÃO CAMILO - SEGUNDOS ANOS - AULA 11 e 12
AULA 11 : OS PROBLEMAS AMBIENTAIS NO CAMPO
Objetivos
Analisar problemas ambientais gerados pelo uso incorreto do campo ou por sua excessiva expansão. Destacar seis pontos essenciais, no Brasil e no mundo, quanto aos problemas ambientais: contaminação das águas, assoreamento, desflorestamento, degradação dos solos, desertificação e transgênicos.
Encaminhamento
1. Na Aula 11, mostrar que o crescimento do domínio humano sobre a natureza teve como lado negativo a degradação ambiental. Iniciar pela análise da contaminação da água, relembrando o conceito de ciclo hidrológico. Argumentar que, graças a essa dinâmica, a poluição recebida pela água não afeta apenas a região próxima à fonte poluente, mas se espalha por locais distantes, atingindo não apenas as populações das margens dos rios, mas também as cidades próximas.
Comentar a contaminação das águas por defensivos agrícolas e excesso de adubação química.
Com ajuda do gráfico do uso da água no mundo, mostrar o destacado papel da agricultura no setor, apontando as causas disso e sua dificuldade de reversão. Comentar, finalmente, que a poluição hídrica chega ao subsolo e aos oceanos, ampliando o problema.
2. Em seguida, analisar a questão do assoreamento, definindo o termo, suas causas e conseqüências.
Há um esquema no Caderno que ajuda a explicar o fenômeno, suas conseqüências e
a dificuldade de solução. Relacionar a questão à retirada da cobertura vegetal natural e apresentar os quatro fatores que determinam a aceleração da erosão superficial: grau de cobertura que o terreno apresenta, volume de água, grau de inclinação do terreno e permeabilidade do solo.
3. Para encerrar, debater a questão do desflorestamento, mostrando que menos de 30% da superfície do planeta ainda é coberta por florestas. Apontar as origens desse processo e as causas de sua aceleração: analisar a tabela do Caderno para mostrar a situação atual. Destacar os países com grandes extensões florestais. Enfatizar que as florestas boreais de coníferas quase não foram afetadas pela agropecuária, mas a exploração de madeira é intensa. Explicar a silvicultura e como ela contribui para a preservação dessa paisagem. Analisar as florestas temperadas caducas, seu quase desaparecimento na Europa e sua preservação nos Estados Unidos, graças aos parques nacionais. Finalizar comentando as florestas intertropicais, as mais destruídas na atualidade. Usar a tabela para mostrar essa situação e apontar suas causas. Há um mapa de queimadas no Brasil bem interessante. Comentar o desflorestamento que
atinge áreas não florestais, como as estepes do Sahel.
4. Resolver os exercícios de 1 a 3 da Apostila-caderno. Recomendar a leitura dos itens indicados da Tarefa Mínima. Recomendar os exercícios da Tarefa Complementar.
ESQUEMA DA AULA 11
COMO SE DÁ A CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA ?
O homem usa a água para satisfazer necessidades domésticas, agrícolas e industriais, como meio de transporte e destino de resíduos. Em quantidades pequenas, os resíduos são decompostos pela ação dos microorganismos. A quantidade excessiva deles provoca uma degradação das bacias fluviais e das costas, impossibilitando a vida nessas águas.
Objetivos
Analisar problemas ambientais gerados pelo uso incorreto do campo ou por sua excessiva expansão. Destacar seis pontos essenciais, no Brasil e no mundo, quanto aos problemas ambientais: contaminação das águas, assoreamento, desflorestamento, degradação dos solos, desertificação e transgênicos.
Encaminhamento
1. Na Aula 11, mostrar que o crescimento do domínio humano sobre a natureza teve como lado negativo a degradação ambiental. Iniciar pela análise da contaminação da água, relembrando o conceito de ciclo hidrológico. Argumentar que, graças a essa dinâmica, a poluição recebida pela água não afeta apenas a região próxima à fonte poluente, mas se espalha por locais distantes, atingindo não apenas as populações das margens dos rios, mas também as cidades próximas.
Comentar a contaminação das águas por defensivos agrícolas e excesso de adubação química.
Com ajuda do gráfico do uso da água no mundo, mostrar o destacado papel da agricultura no setor, apontando as causas disso e sua dificuldade de reversão. Comentar, finalmente, que a poluição hídrica chega ao subsolo e aos oceanos, ampliando o problema.
2. Em seguida, analisar a questão do assoreamento, definindo o termo, suas causas e conseqüências.
Há um esquema no Caderno que ajuda a explicar o fenômeno, suas conseqüências e
a dificuldade de solução. Relacionar a questão à retirada da cobertura vegetal natural e apresentar os quatro fatores que determinam a aceleração da erosão superficial: grau de cobertura que o terreno apresenta, volume de água, grau de inclinação do terreno e permeabilidade do solo.
3. Para encerrar, debater a questão do desflorestamento, mostrando que menos de 30% da superfície do planeta ainda é coberta por florestas. Apontar as origens desse processo e as causas de sua aceleração: analisar a tabela do Caderno para mostrar a situação atual. Destacar os países com grandes extensões florestais. Enfatizar que as florestas boreais de coníferas quase não foram afetadas pela agropecuária, mas a exploração de madeira é intensa. Explicar a silvicultura e como ela contribui para a preservação dessa paisagem. Analisar as florestas temperadas caducas, seu quase desaparecimento na Europa e sua preservação nos Estados Unidos, graças aos parques nacionais. Finalizar comentando as florestas intertropicais, as mais destruídas na atualidade. Usar a tabela para mostrar essa situação e apontar suas causas. Há um mapa de queimadas no Brasil bem interessante. Comentar o desflorestamento que
atinge áreas não florestais, como as estepes do Sahel.
4. Resolver os exercícios de 1 a 3 da Apostila-caderno. Recomendar a leitura dos itens indicados da Tarefa Mínima. Recomendar os exercícios da Tarefa Complementar.
ESQUEMA DA AULA 11
COMO SE DÁ A CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA ?
O homem usa a água para satisfazer necessidades domésticas, agrícolas e industriais, como meio de transporte e destino de resíduos. Em quantidades pequenas, os resíduos são decompostos pela ação dos microorganismos. A quantidade excessiva deles provoca uma degradação das bacias fluviais e das costas, impossibilitando a vida nessas águas.
A CONTAMINAÇÃO DE MANEIRA GERAL
Cerca de 0,008%, do total da água do nosso planeta é própria para o consumo, sendo que, nos últimos anos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Situação preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial.Pode vir do campo em sua dupla vertente: a pecuária e a agricultura. A grande concentração humana nas cidades também é responsável por uma parte importante da contaminação. Ali surgem as cloacas, verdadeiros rios de esgoto que arrastam resíduos sólidos. A principal e mais perigosa fonte de contaminação são as indústrias, que despejam seus resíduos nas águas.
A contaminação das águas no Brasil aumentou cinco vezes nos últimos dez anos e o problema pode ser constatado em 20 mil áreas diferentes do país.
Cerca de 0,008%, do total da água do nosso planeta é própria para o consumo, sendo que, nos últimos anos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Situação preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial.Pode vir do campo em sua dupla vertente: a pecuária e a agricultura. A grande concentração humana nas cidades também é responsável por uma parte importante da contaminação. Ali surgem as cloacas, verdadeiros rios de esgoto que arrastam resíduos sólidos. A principal e mais perigosa fonte de contaminação são as indústrias, que despejam seus resíduos nas águas.
A contaminação das águas no Brasil aumentou cinco vezes nos últimos dez anos e o problema pode ser constatado em 20 mil áreas diferentes do país.
Estes são apenas alguns dos pontos presentes no relatório "O Estado Real das Águas do Brasil", que será lançado no próximo dia 22, em Brasília, pela Defensoria da Água, Cáritas Brasileira e Universidade Federal do Rio de Janeiro, dentro da programação da I Semana Brasileira de Economia e Contabilidade Ambiental.
De acordo com o coordenador geral da Defensoria da Água, Leonardo Morelli, o relatório revela que a contaminação avança muito rápido num espaço de tempo considerado curto. Se a poluição das águas quintuplicou em dez anos, o coordenador explica que as perspectivas ainda estão longe de ser consideradas positivas.
CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA NO BRASIL
"Se a contaminação continuar no ritmo em que está, nos próximos dez anos a situação será realmente muito crítica. Este relatório quer chamar a atenção para isso, para o que estamos fazendo com a água, o nosso principal bem público", afirmou.
Coordenado pela professora Araceli Ferreira, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o relatório faz um levantamento nas cinco regiões brasileiras, a fim de oferecer um panorama geral sobre a situação.
O problema nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, segundo adiantou o coordenador da Defensoria, chama muito a atenção, pois em áreas onde há cinco anos não havia sido detectado nenhum tipo de poluição das águas, hoje já estão dentro das áreas consideradas contaminadas.
Na região sul, a contaminação é crescente por conta do crescimento industrial. Já no Nordeste, a escassez da água também é intrinsecamente ligada à contaminação, pois a qualidade da água que é consumida pela população continua não apresentando segurança na saúde. "Tirando as iniciativas que vieram com a Cáritas, a situação por lá requer atenção", comentou.
A privatização também está sendo citada no relatório. Sobretudo, na região Centro-Oeste. Morelli enfatiza que o fato de o Governo do estado de Goiás estar iniciando modelos de privatização das águas, além de abrir precedentes muito graves, também pode colocar em risco a qualidade da água.
No mapeamento geral, o relatório aponta 20 mil áreas contaminadas, que interferem diretamente na condição de saúde das populações. O número é maior do que o reconhecido pelos últimos dados do Ministério de Saúde, que é de 15.200 áreas.
Atividades econômicas que mais contaminam
Indústria
Mineração e Petróleo
Agricultura
Através dos resíduos químicos e biológicos dos efluentes industriais. As indústrias mais poluentes são:Papel e celuloseQuímica e PetroquímicaRefinação de petróleoMetalurgiaAlimentaçãoTêxteis
A contaminação proveniente da mineração é bastante aguda nos países latino-americanos. Os contaminantes emitidos são:Metais pesadosÁcidos e sólidos em suspensãoHidrocarbonos próximo aos pontos de extração, em vazamentos de oleodutos e em transporte por navios
A atividade agrícola contamina a água por:Infiltração, precipitação e drenagem não controladasContaminação por fertilizantes e pesticidasMétodos de irrigação que usam a água de forma descontrolada
Fonte: Recursos Hídricos para a América Latina e Caribe, da UNESCO.
Poluição da Água Subterrânea
Inúmeras atividades do homem introduzem no meio ambiente substâncias ou características físicas que ali não existiam antes, ou que existiam em quantidades diferentes. A este processo chamamos de poluição. Assim como as atividades desenvolvidas pela humanidade são muito variáveis, também o são as formas e níveis de poluição.
Estas mudanças de características do meio físico poderão refletir de formas diferentes sobre a biota local, podendo ser prejudicial a algumas espécies e não a outras. De qualquer forma, considerando as interdependências das várias espécies, estas modificações levam sempre a desequilíbrios ecológicos. Resta saber quão intenso é este desequilíbrio e se é possível ser assimilado sem conseqüências catastróficas. Recentemente, a grande imprensa noticiou que em países europeus o uso intensivo de defensivos agrícolas levou a uma diminuição dos microorganismos e insetos do solo a ponto de estar retardando a reciclagem das fezes animais.
No geral os depósitos de água subterrânea são bem mais resistentes aos processos poluidores dos que os de água superficial, pois a camada de solo sobrejacente atua como filtro físico e químico. A facilidade de um poluente atingir a água subterrânea dependerá dos seguintes fatores:
a)Tipo de aqüífero.
Os aqüíferos freáticos são mais vulneráveis do que os confinados ou semiconfinados. Aqüíferos porosos são mais resistentes dos que os fissurais, e entre estes os mais vulneráveis são os cársticos.
b)Profundidade do nível estático: (espessura da zona de aeração)
Como esta zona atua como um reator físico-químico, sua espessura tem papel importante. Espessuras maiores permitirão maior tempo de filtragem, além do que aumentarão o tempo de exposição do poluente aos agentes oxidantes e adsorventes presentes na zona de aeração.
c)Permeabilidade da zona de aeração e do aqüífero.
A permeabilidade da zona de aeração é fundamental quando se pensa em poluição. Uma zona de aeração impermeável ou pouco permeável é uma barreira à penetração de poluentes no aqüífero. Aqüíferos extensos podem estar parcialmente recobertos por camadas impermeáveis em algumas áreas enquanto em outras acontece o inverso. Estas áreas de maior permeabilidade atuam como zona de recarga e têm uma importância fundamental em seu gerenciamento.
Por outro lado, alta permeabilidade (transmissividade) permitem uma rápida difusão da poluição. O avanço da mancha poluidora poderá ser acelerado pela exploração do aqüífero, na medida que aumenta a velocidade do fluxo subterrâneo em direção às áreas onde está havendo a retirada de água. No caso de aqüíferos litorâneos, a superexploração poderá levar à ruptura do frágil equilíbrio existente entre água doce e água salgada, produzindo o que se convencionou chamar de intrusão de água salgada.
d)Teor de matéria orgânica existente sobre o solo
A matéria orgânica tem grande capacidade de adsorver uma gama variada de metais pesados e moléculas orgânicas. Estudos no Estado do Paraná, onde está muito difundida a técnica do plantio direto, têm mostrado que o aumento do teor de matéria orgânica no solo tem sido responsável por uma grande diminuição do impacto ambiental da agricultura. Têm diminuído a quantidade de nitrato e sedimentos carregados para os cursos d’água. Segundo técnicos estaduais isto tem modificado o próprio aspecto da água da represa de Itaipu.
e)Tipo dos óxidos e minerais de argila existentes no solo.
Sabe-se que estes compostos, por suas cargas químicas superficiais, têm grande capacidade de reter uma série de elementos e compostos.
Na contaminação de um solo por nitrato, sabe-se que o manejo de fertilizantes, com adição de gesso ao solo, facilita a reciclagem do nitrogênio pelos vegetais e, consequentemente, a penetração do nitrato no solo é menor. Da mesma forma, a mobilidade dos íons nitratos é muito dependente do balanço de cargas. Solos com balanço positivo de cargas suportam mais nitrato. Neste particular, é de se notar que nos solos tropicais os minerais predominantes são óxidos de ferro e alumínio e caolinita, que possuem significante cargas positivas, o que permite interação do tipo íon-íon (interação forte) com uma gama variada de produto que devem sua atividade pesticida a grupos moleculares iônicos e polares.
Assoreamento
O processo de assoreamento numa bacia hidrográfica encontra-se intimamente, relacionado aos processos erosivos, uma vez que é este que fornece os materiais que ao serem transportados e depositados darão origem ao assoreamento. Assoreamento e erosão são dois processos diretamente proporcionais na dinâmica da bacia hidrográfica.
O assoreamento ocorre em regiões rebaixadas como o fundo de vales, rios, mares ou qualquer outro lugar em que o nível de base da drenagem permita um processo deposicional.
Na bacia hidrográfica da Baía de Guanabara, o processo de assoreamento foi acelerado pela retirada da cobertura vegetal, inicialmente para a extração de madeiras nobres da Mata Atlântica e, posteriormente, para a implantação de lavouras e núcleos urbanos. Isto provocou a exposição do solo acelerando os processos de erosão e deposição.
O assoreamento é uma conseqüência direta da erosão. Para se observar se uma região está sofrendo uma erosão muito pronunciada basta que se observe a água das enxurradas e dos rios após as chuvas. Se for barrenta é porque a região a montante está sendo muito erodida. Ao erodir um terreno a água da chuva leva a argila em suspensão, dando a cor amarelo ocre às águas.
Problemas causados pela elevada taxa de assoreamento a que está sendo submetida a Baía de Guanabara:
a) Elevação do fundo prejudicando a navegação e diminuindo a lâmina d'água, o que provoca seu maior aquecimento e menor capacidade de dissolver oxigênio.
b) Alteração da circulação e dos fluxos das correntes internas, comprometendo a vegetação da orla (manguezais) e as zonas pesqueiras.
c) Assoreamento da área de manguezais que altera a flutuação das marés pelo avanço da linha de orla, podendo muito rapidamente comprometer este importante ecossistema.
d) O material fino em suspensão na coluna d’água (turbidez), é uma barreira à penetração dos raios solares, prejudicando a biota que realiza fotossíntese e consequentemente diminuindo a taxa de oxigênio dissolvido na água.
Na região da baixada o carreamento intenso de sedimentos provoca o assoreamento dos córregos, rios e canais, originando inundações muitas das quais, por acontecerem todo ano, já são crônicas na história da região. Combater as enchentes só será possível portanto, através de uma ação global no conjunto da bacia da Baía. A simples dragagem é uma medida paliativa, pois o material tirado hoje voltará amanhã através da erosão.
De acordo com o coordenador geral da Defensoria da Água, Leonardo Morelli, o relatório revela que a contaminação avança muito rápido num espaço de tempo considerado curto. Se a poluição das águas quintuplicou em dez anos, o coordenador explica que as perspectivas ainda estão longe de ser consideradas positivas.
CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA NO BRASIL
"Se a contaminação continuar no ritmo em que está, nos próximos dez anos a situação será realmente muito crítica. Este relatório quer chamar a atenção para isso, para o que estamos fazendo com a água, o nosso principal bem público", afirmou.
Coordenado pela professora Araceli Ferreira, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o relatório faz um levantamento nas cinco regiões brasileiras, a fim de oferecer um panorama geral sobre a situação.
O problema nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, segundo adiantou o coordenador da Defensoria, chama muito a atenção, pois em áreas onde há cinco anos não havia sido detectado nenhum tipo de poluição das águas, hoje já estão dentro das áreas consideradas contaminadas.
Na região sul, a contaminação é crescente por conta do crescimento industrial. Já no Nordeste, a escassez da água também é intrinsecamente ligada à contaminação, pois a qualidade da água que é consumida pela população continua não apresentando segurança na saúde. "Tirando as iniciativas que vieram com a Cáritas, a situação por lá requer atenção", comentou.
A privatização também está sendo citada no relatório. Sobretudo, na região Centro-Oeste. Morelli enfatiza que o fato de o Governo do estado de Goiás estar iniciando modelos de privatização das águas, além de abrir precedentes muito graves, também pode colocar em risco a qualidade da água.
No mapeamento geral, o relatório aponta 20 mil áreas contaminadas, que interferem diretamente na condição de saúde das populações. O número é maior do que o reconhecido pelos últimos dados do Ministério de Saúde, que é de 15.200 áreas.
Atividades econômicas que mais contaminam
Indústria
Mineração e Petróleo
Agricultura
Através dos resíduos químicos e biológicos dos efluentes industriais. As indústrias mais poluentes são:Papel e celuloseQuímica e PetroquímicaRefinação de petróleoMetalurgiaAlimentaçãoTêxteis
A contaminação proveniente da mineração é bastante aguda nos países latino-americanos. Os contaminantes emitidos são:Metais pesadosÁcidos e sólidos em suspensãoHidrocarbonos próximo aos pontos de extração, em vazamentos de oleodutos e em transporte por navios
A atividade agrícola contamina a água por:Infiltração, precipitação e drenagem não controladasContaminação por fertilizantes e pesticidasMétodos de irrigação que usam a água de forma descontrolada
Fonte: Recursos Hídricos para a América Latina e Caribe, da UNESCO.
Poluição da Água Subterrânea
Inúmeras atividades do homem introduzem no meio ambiente substâncias ou características físicas que ali não existiam antes, ou que existiam em quantidades diferentes. A este processo chamamos de poluição. Assim como as atividades desenvolvidas pela humanidade são muito variáveis, também o são as formas e níveis de poluição.
Estas mudanças de características do meio físico poderão refletir de formas diferentes sobre a biota local, podendo ser prejudicial a algumas espécies e não a outras. De qualquer forma, considerando as interdependências das várias espécies, estas modificações levam sempre a desequilíbrios ecológicos. Resta saber quão intenso é este desequilíbrio e se é possível ser assimilado sem conseqüências catastróficas. Recentemente, a grande imprensa noticiou que em países europeus o uso intensivo de defensivos agrícolas levou a uma diminuição dos microorganismos e insetos do solo a ponto de estar retardando a reciclagem das fezes animais.
No geral os depósitos de água subterrânea são bem mais resistentes aos processos poluidores dos que os de água superficial, pois a camada de solo sobrejacente atua como filtro físico e químico. A facilidade de um poluente atingir a água subterrânea dependerá dos seguintes fatores:
a)Tipo de aqüífero.
Os aqüíferos freáticos são mais vulneráveis do que os confinados ou semiconfinados. Aqüíferos porosos são mais resistentes dos que os fissurais, e entre estes os mais vulneráveis são os cársticos.
b)Profundidade do nível estático: (espessura da zona de aeração)
Como esta zona atua como um reator físico-químico, sua espessura tem papel importante. Espessuras maiores permitirão maior tempo de filtragem, além do que aumentarão o tempo de exposição do poluente aos agentes oxidantes e adsorventes presentes na zona de aeração.
c)Permeabilidade da zona de aeração e do aqüífero.
A permeabilidade da zona de aeração é fundamental quando se pensa em poluição. Uma zona de aeração impermeável ou pouco permeável é uma barreira à penetração de poluentes no aqüífero. Aqüíferos extensos podem estar parcialmente recobertos por camadas impermeáveis em algumas áreas enquanto em outras acontece o inverso. Estas áreas de maior permeabilidade atuam como zona de recarga e têm uma importância fundamental em seu gerenciamento.
Por outro lado, alta permeabilidade (transmissividade) permitem uma rápida difusão da poluição. O avanço da mancha poluidora poderá ser acelerado pela exploração do aqüífero, na medida que aumenta a velocidade do fluxo subterrâneo em direção às áreas onde está havendo a retirada de água. No caso de aqüíferos litorâneos, a superexploração poderá levar à ruptura do frágil equilíbrio existente entre água doce e água salgada, produzindo o que se convencionou chamar de intrusão de água salgada.
d)Teor de matéria orgânica existente sobre o solo
A matéria orgânica tem grande capacidade de adsorver uma gama variada de metais pesados e moléculas orgânicas. Estudos no Estado do Paraná, onde está muito difundida a técnica do plantio direto, têm mostrado que o aumento do teor de matéria orgânica no solo tem sido responsável por uma grande diminuição do impacto ambiental da agricultura. Têm diminuído a quantidade de nitrato e sedimentos carregados para os cursos d’água. Segundo técnicos estaduais isto tem modificado o próprio aspecto da água da represa de Itaipu.
e)Tipo dos óxidos e minerais de argila existentes no solo.
Sabe-se que estes compostos, por suas cargas químicas superficiais, têm grande capacidade de reter uma série de elementos e compostos.
Na contaminação de um solo por nitrato, sabe-se que o manejo de fertilizantes, com adição de gesso ao solo, facilita a reciclagem do nitrogênio pelos vegetais e, consequentemente, a penetração do nitrato no solo é menor. Da mesma forma, a mobilidade dos íons nitratos é muito dependente do balanço de cargas. Solos com balanço positivo de cargas suportam mais nitrato. Neste particular, é de se notar que nos solos tropicais os minerais predominantes são óxidos de ferro e alumínio e caolinita, que possuem significante cargas positivas, o que permite interação do tipo íon-íon (interação forte) com uma gama variada de produto que devem sua atividade pesticida a grupos moleculares iônicos e polares.
Assoreamento
O processo de assoreamento numa bacia hidrográfica encontra-se intimamente, relacionado aos processos erosivos, uma vez que é este que fornece os materiais que ao serem transportados e depositados darão origem ao assoreamento. Assoreamento e erosão são dois processos diretamente proporcionais na dinâmica da bacia hidrográfica.
O assoreamento ocorre em regiões rebaixadas como o fundo de vales, rios, mares ou qualquer outro lugar em que o nível de base da drenagem permita um processo deposicional.
Na bacia hidrográfica da Baía de Guanabara, o processo de assoreamento foi acelerado pela retirada da cobertura vegetal, inicialmente para a extração de madeiras nobres da Mata Atlântica e, posteriormente, para a implantação de lavouras e núcleos urbanos. Isto provocou a exposição do solo acelerando os processos de erosão e deposição.
O assoreamento é uma conseqüência direta da erosão. Para se observar se uma região está sofrendo uma erosão muito pronunciada basta que se observe a água das enxurradas e dos rios após as chuvas. Se for barrenta é porque a região a montante está sendo muito erodida. Ao erodir um terreno a água da chuva leva a argila em suspensão, dando a cor amarelo ocre às águas.
Problemas causados pela elevada taxa de assoreamento a que está sendo submetida a Baía de Guanabara:
a) Elevação do fundo prejudicando a navegação e diminuindo a lâmina d'água, o que provoca seu maior aquecimento e menor capacidade de dissolver oxigênio.
b) Alteração da circulação e dos fluxos das correntes internas, comprometendo a vegetação da orla (manguezais) e as zonas pesqueiras.
c) Assoreamento da área de manguezais que altera a flutuação das marés pelo avanço da linha de orla, podendo muito rapidamente comprometer este importante ecossistema.
d) O material fino em suspensão na coluna d’água (turbidez), é uma barreira à penetração dos raios solares, prejudicando a biota que realiza fotossíntese e consequentemente diminuindo a taxa de oxigênio dissolvido na água.
Na região da baixada o carreamento intenso de sedimentos provoca o assoreamento dos córregos, rios e canais, originando inundações muitas das quais, por acontecerem todo ano, já são crônicas na história da região. Combater as enchentes só será possível portanto, através de uma ação global no conjunto da bacia da Baía. A simples dragagem é uma medida paliativa, pois o material tirado hoje voltará amanhã através da erosão.
Fatores que contribuem para EROSÃO DE UM SOLO
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
o desmatamento (desflorestação) desprotege o solo da chuva.
a construção de favelas em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
Conseqüências da erosão
Efeitos poluidores da ação de arraste
Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água (causando eutroficação por exemplo).
Outros danos
Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como conseqüência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias.
DESFLORESTAMENTO
Desflorestamento ou desmatamento é o processo de destruição das florestas através da ação do homem. Ocorre, geralmente, para a exploração de madeira, abertura de áreas para a agricultura ou pastagem para o gado. A queimada ilegal é o processo mais utilizado para o desflorestamento. O processo de desflorestamento ocorre a milhares de anos. Em algumas regiões do mundo, as floresta foram totalmente destruídas. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, quase não há mais florestas nativas. O desflorestamento é altamente prejudicial ao funcionamento dos ecossistemas. Ao eliminar uma floresta, ocorre, ao mesmo tempo, a morte de muitas espécies animais. Isto ocorre, pois várias espécies fazem da floresta o habitat e, obtém nela, o alimento e proteção necessários para a sobrevivência.
A destruição de florestas, principalmente pelo processo de queimada, também contribui para o desenvolvimento do efeito estufa, provocando o aquecimento global.
No Brasil, o desflorestamento tem ocorrido desde o início da colonização (século XVI). Os portugueses, objetivando o lucro, cortaram e venderam na Europa grandes quantidades de pau-brasil da Mata Atlântica. Atualmente, o desflorestamento ainda ocorre, principalmente, na região da Amazônia. A floresta amazônica tem sido destruída para a retirada de madeiras nobres (para a venda) e também para a abertura de pastagens e áreas agrícolas (principalmente de soja). O reflorestamento é uma das soluções para tentar reverter esse quadro tão prejudicial ao meio ambiente. Outra saída é a utilização das florestas de forma sustentável, através de atividades que não visem sua destruição. Neste sentido, podemos citar, como exemplo, a extração vegetal e o eco-turismo.
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
o desmatamento (desflorestação) desprotege o solo da chuva.
a construção de favelas em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
Conseqüências da erosão
Efeitos poluidores da ação de arraste
Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água (causando eutroficação por exemplo).
Outros danos
Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como conseqüência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias.
DESFLORESTAMENTO
Desflorestamento ou desmatamento é o processo de destruição das florestas através da ação do homem. Ocorre, geralmente, para a exploração de madeira, abertura de áreas para a agricultura ou pastagem para o gado. A queimada ilegal é o processo mais utilizado para o desflorestamento. O processo de desflorestamento ocorre a milhares de anos. Em algumas regiões do mundo, as floresta foram totalmente destruídas. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, quase não há mais florestas nativas. O desflorestamento é altamente prejudicial ao funcionamento dos ecossistemas. Ao eliminar uma floresta, ocorre, ao mesmo tempo, a morte de muitas espécies animais. Isto ocorre, pois várias espécies fazem da floresta o habitat e, obtém nela, o alimento e proteção necessários para a sobrevivência.
A destruição de florestas, principalmente pelo processo de queimada, também contribui para o desenvolvimento do efeito estufa, provocando o aquecimento global.
No Brasil, o desflorestamento tem ocorrido desde o início da colonização (século XVI). Os portugueses, objetivando o lucro, cortaram e venderam na Europa grandes quantidades de pau-brasil da Mata Atlântica. Atualmente, o desflorestamento ainda ocorre, principalmente, na região da Amazônia. A floresta amazônica tem sido destruída para a retirada de madeiras nobres (para a venda) e também para a abertura de pastagens e áreas agrícolas (principalmente de soja). O reflorestamento é uma das soluções para tentar reverter esse quadro tão prejudicial ao meio ambiente. Outra saída é a utilização das florestas de forma sustentável, através de atividades que não visem sua destruição. Neste sentido, podemos citar, como exemplo, a extração vegetal e o eco-turismo.
REFLORESTAMENTO NO MUNDO
A eliminação das florestas é a causa da formação de torrentes, de erosões, quedas de barreiras, inundações e uma alteração generalizada do regime natural das águas. Também se produzem alterações climáticas, e, como a industrialização, há uma poluição maior do ar e das águas, o que vem afetar o estado físico das populações.
É o principal fator de poluição do solo, causa desequilíbrio hidrogeológicos, pois em resultados dele a terra deixa de reter as águas pluviais.
As madeiras das árvores florestais têm sido usadas como lenha ou carvão e na fabricação de móveis, construção de casas e fabricação de papel.
Além de madeiras, outros produtos florestais têm sido amplamente extraídos.
Além de recursos vegetais, das florestas são retirados também recursos animais como, por exemplo, o mel das abelhas e uma grande quantidade de animais, mortos por caçadores.
Áreas florestais são eliminadas para o cultivo de alimentos. Grandes extensões de terras têm sido devastadas para implantação de monoculturas e para construção de rodovias e ferrovias. O desmatamento seguido de plantio, mesmo que seja de capim, tem sido utilizado para garantir a posse da terra. Esse sistema é uma maneira fácil de capturar uma área extensa e vem sendo usado por posseiros e grileiros. Assim, mesmo regiões onde vivem pequenas populações sofrem a perda de grandes áreas florestais.
Os únicos seres capazes de colocar oxigênio no planeta Terra são as plantas terrestres e as algas aquáticas. Os homens não possuem fábricas onde possam fabricar moléculas de oxigênio. O extermínio das árvores das florestas e a morte das algas marinhas, pela poluição, são dois fatos que podem acabar com as condições de vida na Terra. Sem plantas e algas unicelulares para repor o oxigênio da atmosfera os seres vivos não poderão continuar vivendo. Quando a chuva cai, a pressão da água é amortecida pelas folhas das árvores e, assim, quando chega ao solo, a água da chuva flui suavemente.
A remoção da cobertura vegetal é desastrosa para o solo. A água das chuvas, caindo sobre o solo nu, vai lavando o solo, ou seja, vai removendo as partículas e dissolvendo as substâncias que o constituem. Grandes quantidades de solo vão sendo levadas pelas enxurradas para as partes mais baixas, alcançando, por fim, os cursos de água. Quanto mais inclinado é o terreno, maior a velocidade da água nas enxurradas e maior a perda de solo.
O calor do sol, direto, sobre o solo provoca o secamento do húmus e a eliminação de seus nutrientes. No solo seco, as partículas, sem a coesão exercida pela água, desprendem - se facilmente e são transportadas pelo vento, na forma de poeira, ou pelas chuvas.
O desmatamento irracional facilita o desgaste do solo pela ação erosiva do vento e da água.
O desmatamento em grande escala traz outros prejuízos aos seres vivos; prejudica, por exemplo, a sobrevivência de animais da região, adaptadas as condições da mata em que vivem.
O desmatamento no cume e na encostas dos morros é a causa de muito deslizamentos de terra nos períodos de chuva mais intensas.
Com o desmatamento das margens e das nascentes dos rios, ocorrem enchentes com mais freqüência, como conseqüência do assoreamento.
REFLORESTAMENTO
Praticamente todos os países civilizados do mundo alcançaram a compreensão de que há um ponto além do qual o avanço do desflorestamento se converte em fator negativo para o progresso, mesmo independentemente da densidade demográfica respectiva.
Os ensinamentos dos países mais antigos encontraram ecos também naqueles que ainda dispõem de florestas em abundância. Dessa forma, praticamente em todo mundo civilizado, surgiu uma nova força econômica - uma apreciação generalizada do valor das florestas e um movimento no sentido da introdução de uma administração racional dos recursos florestais.
Observações continuadas por muitos e em diferentes partes do mundo estabeleceram, com segurança, os fatos seguintes com relação à discutida influência das florestas sobre o clima: as florestas abaixam a temperatura do ar em seu interior e acima delas; a influência vertical da floresta sobre a temperatura vai, em determinados casos, a uma altura superior a 1,5km. A temperatura média anual, na mesma altitude e na mesma localidade, é invariavelmente menor dentro do que fora de uma floresta. A temperatura média mensal é menor na floresta do que no descampado, para todos os meses do ano, sendo porém a diferença maior nos meses de verão. A média diária da temperatura mostra a mesma diferença, em grau ainda maior. Demais, a temperatura do ar no interior da floresta, além de mais baixa, é também menos sujeita a flutuações do que nas partes desmatadas.
Nas regiões tropicais e subtropicais, a influência da floresta na temperatura do ar é mais acentuada. As florestas influenciam a temperatura do solo de modo mais ou menos semelhante à do ar, apenas com a diferença de que os intervalos de temperatura são maiores. No inverno o solo florestal é mais quente e no verão mais frio do que o das terras descobertas.
Conservando o solo e realizando o reflorestamento, as raízes das árvores e os detritos do solo retêm as águas, embebendo - e impedindo a formação de fortes enxurradas, causadoras da erosão e das enchentes.
A conservação das matas é também importante para o regime de chuvas: as raízes retiram do lençol de água subterrâneo considerável quantidade de água e as folhas lançam na atmosfera, pela transpiração, contribuindo para a formação de nuvens e chuva.
É alarmante a diminuição de nossas reservas florestais, donde as grandes estiagens ou seca que flagela muitas regiões.
A destruição das matas traz três conseqüências graves, como:
1. Aridez do solo, pelo transporte do húmus ( matéria orgânica )
2. Secas
3. Enchentes
AULA 12: DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
1. Na Aula 12, analisar a degradação dos solos, associada à redução da cobertura vegetal e a expansão da agricultura. Apontar as quatro grandes causas desse processo: desflorestamento, produção de carvão vegetal e lenha, uso inadequado de solos e industrialização e urbanização.
Usar exemplos brasileiros, como o caso histórico do Vale do Paraíba, com o café.
2. Usando a definição da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, de 1994, analisar a desertificação, mostrando que 20% da superfície dos continentes estão ameaçados por esse fenômeno, que afeta a mais de 1 bilhão de pessoas e atinge cerca de 100 países.
Situe-a no Brasil, usando o mapa da desertificação no Nordeste. Apontar as causas do fenômeno, destacando que ele é natural e antrópico, que diminui a produtividade da terra e que a degradação de terras afeta a quantidade e a qualidade da água doce.
3. Encerrar a aula comentando a questão dos transgênicos. Explicar o que são os organismos geneticamente modificados (OGMs) e as causas da polêmica à sua volta. Mostrar a atuação das transnacionais na questão. Comentar seu cultivo atual em mais de 20 países, destacando Estados Unidos, Argentina, Canadá e China (90% da produção mundial). Apontar os principais cultivos (milho, algodão, canola e soja). Comentar a Revolução Verde da década de 1960, suas conquistas e fracassos. Analisar a evolução do Brasil no setor após a década de 1970.
4. Resolver os exercícios de 4 a 6 da Apostila-caderno. Recomendar os exercícios da Tarefa Mínima e recomendar os exercícios da Tarefa Complementar.
ESQUEMA AULA 12
O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico. Tem como componentes principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), e a água e o ar na designada componente "não sólida".
Dentro do amplo conceito de degradação dos solos, podemos distinguir alguns tipos:
Degradação da Fertilidade: é a diminuição de capacidade do solo de suportar e manter vida. São produzidas modificações comprometedoras em suas capacidades físicas, químicas, fisicoquímicas e biológicas, que a conduzem a sua degradação.
Ao degradar-se, o solo perde sua capacidade de produção. E mesmo com grandes quantidades de adubo, a capacidade de produção não será a mesma de um solo não degradado.
Isso pode ser ocasionado por fatores químicos (perda de nutrientes, acidificação, salinização, etc), físicos (perda de estrutura, diminuição de permeabilidade, etc) ou biológicos (diminuição de matéria orgânica).
Erosão: é a destruição física das estruturas do solo e seu carregamento é feito, em geral, pela água (erosão hídrica) e ventos (erosão eólica).
O processo de erosão mais grave é o causado pelas atividades do ser humano (erosão antropogênica), que apresenta um desenvolvimento muito rápido, se comparado com a erosão natural. Além disso, a erosão natural é muito benéfica para a fertilidade do solo.
Degradação por Contaminação: A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afectada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
O uso da terra para centros urbanos, para as atividades agrícolas, pecuária e industrial tem tido como conseqüência elevados níveis de contaminação.
De fato, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc. Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas urbanas e rurais.
A degradação do solo pode ocorrer por meio da desertificação, uso de tecnologias inadequadas, falta de conservação, destruição da vegetação nele encontrado pelo desmatamento ou pelas queimadas.
A contaminação dos solos dá-se principalmente por resíduos sólidos, líquidos e gasosos, águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos, efluentes provenientes de atividades agrícolas, etc. Assim, pode-se concluir que a contaminação do solo ocorrerá sempre que houver adição de compostos ao solo, modificando suas características naturais e as suas utilizações, produzindo efeitos negativos.
Para que o solo mantenha as múltiplas capacidades de suporte dos sistemas naturais e agrícolas, é fundamental que as suas características estruturais permaneçam em equilíbrio com os diversos sistemas ecológicos. Este condicionamento é tanto mais determinante quanto o tipo de solo é frágil e pouco estável.
A preocupação com os processos de degradação do solo vem sendo crescente, à medida que se verifica que, para além da clássica desertificação por secura, outros processos conducentes aos mesmos resultados se têm instalado, devido a:
Utilização de tecnologias inadequadas em culturas de sequeiro.
Falta de práticas de conservação de água no solo.
Destruição da cobertura vegetal.
Um dos principais fenômenos de degradação dos solos é a contaminação, nomeadamente por:
Resíduos sólidos, líquidos e gasosos provenientes de aglomerados urbanos e áreas industriais, na medida em que a maioria são ainda depositados no solo sem qualquer controle, levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro lado, o metano produzido pela degradação anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, pode acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão.
Águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos lançados diretamente sobre os solos e/ou deposição de partículas sólidas, cujas descargas, continuam a ser majoritariamente não controladas, provenientes da indústria, de onde se pode destacar a indústria química, destilarias e lagares, indústria de celulose, indústria de curtumes, indústria cimenteira, centrais termoelétricas e atividades mineira e siderúrgica, assim como aquelas cujas atividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo.
Efluentes provenientes de atividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agropecuárias intensivas (suinoculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contributos de pesticidas e adubos, podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes.
Uso desmedido das lamas de depuração e de águas residuais na agricultura, por serem materiais com elevado teor de matéria orgânica e conterem elementos biocidas que deverão ser controlados para reduzir os riscos de acumulação.
O processo de contaminação, pode então definir-se como a adição no solo de compostos, que qualitativa e/ou quantitativamente podem modificar as suas características naturais e utilizações, produzindo então efeitos negativos, constituindo poluição. Estando a contaminação do solo diretamente relacionado com os efluentes líquidos e sólidos neste lançados e com a deposição de partículas sólidas (lixeiras), independentemente da sua origem, salienta-se a imediata necessidade de controle destes poluentes, preservando e conservando a integridade natural dos meios receptores, como sendo os recursos hídricos, solos e atmosfera.
A destruição do manto florestal, os incêndios ambientais ou provocados, o sobrepastoreio e as inúmeras obras de urbanização, acelerando os processos erosivos, têm destruído, ao longo dos anos, enormes áreas de solos cultivados. Milhões de toneladas de solos perdem-se todos os anos devido à erosão. Com a introdução da agricultura, o homem modificou o equilíbrio ecológico em numerosas zonas. Muitos animais que no seu ambiente natural são eliminados devido à presença de predadores e parasitas, noutro meio são capazes de aumentar numericamente de forma considerável. Neste processo se deve procurar a origem da maioria das pragas conhecidas.
Para encontrar um novo equilíbrio ecológico e lutar contra os animais e plantas prejudiciais, começaram a utilizar-se, já há vários anos, certos produtos químicos cujo número e eficácia não parou de aumentar. Entre esses produtos destacam-se os pesticidas (fungicidas e inseticidas), agrotóxicos e herbicidas. Mas, o lançamento de quantidades maciças de pesticidas e herbicidas, além de matar os "indesejáveis", destrói muitos seres vivos que interferem na construção do solo, impedindo deste modo a sua regeneração.
Os produtos tóxicos, acumulando-se nos solos, podem permanecer ativos durante longos anos. As plantas cultivadas nestes terrenos infectados podem absorvê-los ainda mesmo quando estes não foram utilizados para o seu próprio tratamento. Assim se explica a existência de pesticidas nos nossos alimentos principais, como o leite e a carne, acabando a sua acumulação por se dar fundamentalmente no homem, que se encontra no fim das cadeias alimentares.
A acumulação dos resíduos sólidos constitui hoje também um problema angustiante das sociedades de consumo a que pertencemos. Nos refugos sólidos a que se considerar os lixos domésticos, constituídos de papel, papelão, plásticos, vidros, restos de comida, etc. A acumulação destes lixos podem ser um foco de contaminação ou um excelente meio para o desenvolvimento de insetos e roedores. Além disso, destroem a paisagem, podendo ainda contribuir para a contaminação das águas superficiais e subterrâneas, através da água da chuva, principalmente quando os terrenos são permeáveis.
A eliminação das florestas é a causa da formação de torrentes, de erosões, quedas de barreiras, inundações e uma alteração generalizada do regime natural das águas. Também se produzem alterações climáticas, e, como a industrialização, há uma poluição maior do ar e das águas, o que vem afetar o estado físico das populações.
É o principal fator de poluição do solo, causa desequilíbrio hidrogeológicos, pois em resultados dele a terra deixa de reter as águas pluviais.
As madeiras das árvores florestais têm sido usadas como lenha ou carvão e na fabricação de móveis, construção de casas e fabricação de papel.
Além de madeiras, outros produtos florestais têm sido amplamente extraídos.
Além de recursos vegetais, das florestas são retirados também recursos animais como, por exemplo, o mel das abelhas e uma grande quantidade de animais, mortos por caçadores.
Áreas florestais são eliminadas para o cultivo de alimentos. Grandes extensões de terras têm sido devastadas para implantação de monoculturas e para construção de rodovias e ferrovias. O desmatamento seguido de plantio, mesmo que seja de capim, tem sido utilizado para garantir a posse da terra. Esse sistema é uma maneira fácil de capturar uma área extensa e vem sendo usado por posseiros e grileiros. Assim, mesmo regiões onde vivem pequenas populações sofrem a perda de grandes áreas florestais.
Os únicos seres capazes de colocar oxigênio no planeta Terra são as plantas terrestres e as algas aquáticas. Os homens não possuem fábricas onde possam fabricar moléculas de oxigênio. O extermínio das árvores das florestas e a morte das algas marinhas, pela poluição, são dois fatos que podem acabar com as condições de vida na Terra. Sem plantas e algas unicelulares para repor o oxigênio da atmosfera os seres vivos não poderão continuar vivendo. Quando a chuva cai, a pressão da água é amortecida pelas folhas das árvores e, assim, quando chega ao solo, a água da chuva flui suavemente.
A remoção da cobertura vegetal é desastrosa para o solo. A água das chuvas, caindo sobre o solo nu, vai lavando o solo, ou seja, vai removendo as partículas e dissolvendo as substâncias que o constituem. Grandes quantidades de solo vão sendo levadas pelas enxurradas para as partes mais baixas, alcançando, por fim, os cursos de água. Quanto mais inclinado é o terreno, maior a velocidade da água nas enxurradas e maior a perda de solo.
O calor do sol, direto, sobre o solo provoca o secamento do húmus e a eliminação de seus nutrientes. No solo seco, as partículas, sem a coesão exercida pela água, desprendem - se facilmente e são transportadas pelo vento, na forma de poeira, ou pelas chuvas.
O desmatamento irracional facilita o desgaste do solo pela ação erosiva do vento e da água.
O desmatamento em grande escala traz outros prejuízos aos seres vivos; prejudica, por exemplo, a sobrevivência de animais da região, adaptadas as condições da mata em que vivem.
O desmatamento no cume e na encostas dos morros é a causa de muito deslizamentos de terra nos períodos de chuva mais intensas.
Com o desmatamento das margens e das nascentes dos rios, ocorrem enchentes com mais freqüência, como conseqüência do assoreamento.
REFLORESTAMENTO
Praticamente todos os países civilizados do mundo alcançaram a compreensão de que há um ponto além do qual o avanço do desflorestamento se converte em fator negativo para o progresso, mesmo independentemente da densidade demográfica respectiva.
Os ensinamentos dos países mais antigos encontraram ecos também naqueles que ainda dispõem de florestas em abundância. Dessa forma, praticamente em todo mundo civilizado, surgiu uma nova força econômica - uma apreciação generalizada do valor das florestas e um movimento no sentido da introdução de uma administração racional dos recursos florestais.
Observações continuadas por muitos e em diferentes partes do mundo estabeleceram, com segurança, os fatos seguintes com relação à discutida influência das florestas sobre o clima: as florestas abaixam a temperatura do ar em seu interior e acima delas; a influência vertical da floresta sobre a temperatura vai, em determinados casos, a uma altura superior a 1,5km. A temperatura média anual, na mesma altitude e na mesma localidade, é invariavelmente menor dentro do que fora de uma floresta. A temperatura média mensal é menor na floresta do que no descampado, para todos os meses do ano, sendo porém a diferença maior nos meses de verão. A média diária da temperatura mostra a mesma diferença, em grau ainda maior. Demais, a temperatura do ar no interior da floresta, além de mais baixa, é também menos sujeita a flutuações do que nas partes desmatadas.
Nas regiões tropicais e subtropicais, a influência da floresta na temperatura do ar é mais acentuada. As florestas influenciam a temperatura do solo de modo mais ou menos semelhante à do ar, apenas com a diferença de que os intervalos de temperatura são maiores. No inverno o solo florestal é mais quente e no verão mais frio do que o das terras descobertas.
Conservando o solo e realizando o reflorestamento, as raízes das árvores e os detritos do solo retêm as águas, embebendo - e impedindo a formação de fortes enxurradas, causadoras da erosão e das enchentes.
A conservação das matas é também importante para o regime de chuvas: as raízes retiram do lençol de água subterrâneo considerável quantidade de água e as folhas lançam na atmosfera, pela transpiração, contribuindo para a formação de nuvens e chuva.
É alarmante a diminuição de nossas reservas florestais, donde as grandes estiagens ou seca que flagela muitas regiões.
A destruição das matas traz três conseqüências graves, como:
1. Aridez do solo, pelo transporte do húmus ( matéria orgânica )
2. Secas
3. Enchentes
AULA 12: DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
1. Na Aula 12, analisar a degradação dos solos, associada à redução da cobertura vegetal e a expansão da agricultura. Apontar as quatro grandes causas desse processo: desflorestamento, produção de carvão vegetal e lenha, uso inadequado de solos e industrialização e urbanização.
Usar exemplos brasileiros, como o caso histórico do Vale do Paraíba, com o café.
2. Usando a definição da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, de 1994, analisar a desertificação, mostrando que 20% da superfície dos continentes estão ameaçados por esse fenômeno, que afeta a mais de 1 bilhão de pessoas e atinge cerca de 100 países.
Situe-a no Brasil, usando o mapa da desertificação no Nordeste. Apontar as causas do fenômeno, destacando que ele é natural e antrópico, que diminui a produtividade da terra e que a degradação de terras afeta a quantidade e a qualidade da água doce.
3. Encerrar a aula comentando a questão dos transgênicos. Explicar o que são os organismos geneticamente modificados (OGMs) e as causas da polêmica à sua volta. Mostrar a atuação das transnacionais na questão. Comentar seu cultivo atual em mais de 20 países, destacando Estados Unidos, Argentina, Canadá e China (90% da produção mundial). Apontar os principais cultivos (milho, algodão, canola e soja). Comentar a Revolução Verde da década de 1960, suas conquistas e fracassos. Analisar a evolução do Brasil no setor após a década de 1970.
4. Resolver os exercícios de 4 a 6 da Apostila-caderno. Recomendar os exercícios da Tarefa Mínima e recomendar os exercícios da Tarefa Complementar.
ESQUEMA AULA 12
O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico. Tem como componentes principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), e a água e o ar na designada componente "não sólida".
Dentro do amplo conceito de degradação dos solos, podemos distinguir alguns tipos:
Degradação da Fertilidade: é a diminuição de capacidade do solo de suportar e manter vida. São produzidas modificações comprometedoras em suas capacidades físicas, químicas, fisicoquímicas e biológicas, que a conduzem a sua degradação.
Ao degradar-se, o solo perde sua capacidade de produção. E mesmo com grandes quantidades de adubo, a capacidade de produção não será a mesma de um solo não degradado.
Isso pode ser ocasionado por fatores químicos (perda de nutrientes, acidificação, salinização, etc), físicos (perda de estrutura, diminuição de permeabilidade, etc) ou biológicos (diminuição de matéria orgânica).
Erosão: é a destruição física das estruturas do solo e seu carregamento é feito, em geral, pela água (erosão hídrica) e ventos (erosão eólica).
O processo de erosão mais grave é o causado pelas atividades do ser humano (erosão antropogênica), que apresenta um desenvolvimento muito rápido, se comparado com a erosão natural. Além disso, a erosão natural é muito benéfica para a fertilidade do solo.
Degradação por Contaminação: A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afectada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
O uso da terra para centros urbanos, para as atividades agrícolas, pecuária e industrial tem tido como conseqüência elevados níveis de contaminação.
De fato, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc. Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas urbanas e rurais.
A degradação do solo pode ocorrer por meio da desertificação, uso de tecnologias inadequadas, falta de conservação, destruição da vegetação nele encontrado pelo desmatamento ou pelas queimadas.
A contaminação dos solos dá-se principalmente por resíduos sólidos, líquidos e gasosos, águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos, efluentes provenientes de atividades agrícolas, etc. Assim, pode-se concluir que a contaminação do solo ocorrerá sempre que houver adição de compostos ao solo, modificando suas características naturais e as suas utilizações, produzindo efeitos negativos.
Para que o solo mantenha as múltiplas capacidades de suporte dos sistemas naturais e agrícolas, é fundamental que as suas características estruturais permaneçam em equilíbrio com os diversos sistemas ecológicos. Este condicionamento é tanto mais determinante quanto o tipo de solo é frágil e pouco estável.
A preocupação com os processos de degradação do solo vem sendo crescente, à medida que se verifica que, para além da clássica desertificação por secura, outros processos conducentes aos mesmos resultados se têm instalado, devido a:
Utilização de tecnologias inadequadas em culturas de sequeiro.
Falta de práticas de conservação de água no solo.
Destruição da cobertura vegetal.
Um dos principais fenômenos de degradação dos solos é a contaminação, nomeadamente por:
Resíduos sólidos, líquidos e gasosos provenientes de aglomerados urbanos e áreas industriais, na medida em que a maioria são ainda depositados no solo sem qualquer controle, levando a que os lixiviados produzidos e não recolhidos para posterior tratamento, contaminem facilmente solos e águas, e por outro lado, o metano produzido pela degradação anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, pode acumular-se em bolsas, no solo, criando riscos de explosão.
Águas contaminadas, efluentes sólidos e líquidos lançados diretamente sobre os solos e/ou deposição de partículas sólidas, cujas descargas, continuam a ser majoritariamente não controladas, provenientes da indústria, de onde se pode destacar a indústria química, destilarias e lagares, indústria de celulose, indústria de curtumes, indústria cimenteira, centrais termoelétricas e atividades mineira e siderúrgica, assim como aquelas cujas atividades industriais constituem maiores riscos de poluição para o solo.
Efluentes provenientes de atividades agrícolas, de onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como sendo, as agropecuárias intensivas (suinoculturas), com taxa bastante baixa de tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas intensivos que têm grandes contributos de pesticidas e adubos, podendo provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes.
Uso desmedido das lamas de depuração e de águas residuais na agricultura, por serem materiais com elevado teor de matéria orgânica e conterem elementos biocidas que deverão ser controlados para reduzir os riscos de acumulação.
O processo de contaminação, pode então definir-se como a adição no solo de compostos, que qualitativa e/ou quantitativamente podem modificar as suas características naturais e utilizações, produzindo então efeitos negativos, constituindo poluição. Estando a contaminação do solo diretamente relacionado com os efluentes líquidos e sólidos neste lançados e com a deposição de partículas sólidas (lixeiras), independentemente da sua origem, salienta-se a imediata necessidade de controle destes poluentes, preservando e conservando a integridade natural dos meios receptores, como sendo os recursos hídricos, solos e atmosfera.
A destruição do manto florestal, os incêndios ambientais ou provocados, o sobrepastoreio e as inúmeras obras de urbanização, acelerando os processos erosivos, têm destruído, ao longo dos anos, enormes áreas de solos cultivados. Milhões de toneladas de solos perdem-se todos os anos devido à erosão. Com a introdução da agricultura, o homem modificou o equilíbrio ecológico em numerosas zonas. Muitos animais que no seu ambiente natural são eliminados devido à presença de predadores e parasitas, noutro meio são capazes de aumentar numericamente de forma considerável. Neste processo se deve procurar a origem da maioria das pragas conhecidas.
Para encontrar um novo equilíbrio ecológico e lutar contra os animais e plantas prejudiciais, começaram a utilizar-se, já há vários anos, certos produtos químicos cujo número e eficácia não parou de aumentar. Entre esses produtos destacam-se os pesticidas (fungicidas e inseticidas), agrotóxicos e herbicidas. Mas, o lançamento de quantidades maciças de pesticidas e herbicidas, além de matar os "indesejáveis", destrói muitos seres vivos que interferem na construção do solo, impedindo deste modo a sua regeneração.
Os produtos tóxicos, acumulando-se nos solos, podem permanecer ativos durante longos anos. As plantas cultivadas nestes terrenos infectados podem absorvê-los ainda mesmo quando estes não foram utilizados para o seu próprio tratamento. Assim se explica a existência de pesticidas nos nossos alimentos principais, como o leite e a carne, acabando a sua acumulação por se dar fundamentalmente no homem, que se encontra no fim das cadeias alimentares.
A acumulação dos resíduos sólidos constitui hoje também um problema angustiante das sociedades de consumo a que pertencemos. Nos refugos sólidos a que se considerar os lixos domésticos, constituídos de papel, papelão, plásticos, vidros, restos de comida, etc. A acumulação destes lixos podem ser um foco de contaminação ou um excelente meio para o desenvolvimento de insetos e roedores. Além disso, destroem a paisagem, podendo ainda contribuir para a contaminação das águas superficiais e subterrâneas, através da água da chuva, principalmente quando os terrenos são permeáveis.
A POLÊMICA DOS OGM’S ( ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS)
A POLÊMICA INTERNACIONAL SOBRE OS TRANSGÊNICOS
O noticiário internacional está repleto, há anos, com o contencioso entre os defensores das plantas transgênicas (empresas interessadas e produtores rurais) e seus contrários (empresas interessadas e produtores rurais). Os consumidores, também divididos, têm pendido para uma posição mais cautelosa e freqüentemente recusam-se a comprar produtos que utilizam plantas transgências ou seus subprodutos.
Enquanto esses se preocupam com a própria saúde e de suas famílias aqueles parecem envolvidos em uma disputa comercial.
Há os agricultores que preferem usar os vegetais transgênicos – por exemplo, as espécies
resistentes a herbicidas – pois pretendem uma maior produtividade de seus campos de cultivos. Desta forma ao usarem intensivamente os herbicidas das empresas responsáveis pelas sementes transgênicas ganham pelo aumento da colheita decorrente da eliminação de espécies concorrentes não resistentes ao herbicida, mas por outro lado devem pagar “royalties” pelo uso da semente modificada. Mesmo que selecionem parte desta produção como semente para a nova safra – como costumam fazer os agricultores – terão de pagar por isto.
Há, contudo, aqueles que continuam utilizando sementes naturais ou híbridas – não transgênicas – compradas de produtores tradicionais de sementes ou selecionadas pelos próprios cultivadores.
Uma das principais promessas dos transgénicos é a de aumentar a produção de alimentos, ajudando a combater a fome. Para nós, essa é uma falsa questão. Como já realçámos anteriormente, se ainda não se acabou com a fome no mundo não é por falta de recursos, mas sim porque ainda vivemos numa sociedade capitalista (ou de economia de mercado). Enquanto não derrubarmos este sistema injusto e não sustentável continuaremos a ter todos os anos mais e mais pessoas a morrer devido à falta de alimentos, água potável e medicamentos.
Alguns estudos já indicam que as culturas de OGMs apresentam menor biodiversidade do que culturas de organismos não geneticamente modificados, o que é claramente negativo para o meio ambiente. Juntando a isto, os vários potenciais efeitos negativos na saúde pública: aumento de alergias e resistência a antibióticos por parte de algumas bactérias patogénicas. Tudo isto nos faz encarar os OGMs com pouco entusiasmo e muita preocupação. Sobretudo neste contexto capitalista global, em que o desenvolvimento e a proliferação dos OGMs poderá agravar ainda mais o fosso entre os países ricos, com a sua biotecnologia, e os países mais pobres, que assim cada vez mais estarão dependentes. Deste modo o perigo, de que grandes sectores da agricultura fiquem dependentes de meia dúzia de empresas detentoras dos direitos sobre as plantas transgénicas, é bem real.
NO MUNDO
A área cultivada com OGM já chegava, em 2002, a quase 60 milhões de hectares, contra apenas 1,7 milhões em 1996. Cerca de 99 por cento da área plantada no planeta com OGM está localizada nos Estados Unidos da América (66%), Argentina (23%), Canadá (6%) e China (4%). No mesmo ano de 2002, já metade da soja e 20 por cento do milho cultivado em todo o planeta eram geneticamente modificados.
NO BRASIL
“Organismo Geneticamente Modificado (OGM) é todo organismo cujo material
genético tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética”
(Lei Federal 11.105, 2005).
BIOTECNOLOGIA: recombinação genética e novos organismos
OGM: Vantagens X Desvantagens
VANTAGENS:
• Aumento da produção e produtividade
• Melhoria da qualidade das sementes
• Redução dos custos de produção (menores danos às plantas, menores
perdas pelo ataque de pragas, redução no número de pulverizações e
menor persistência de substancias no meio ambiente)
DESVANTAGENS:
• Custo inicial alto
• Controle tecnológico nas mãos de poucas empresas transnacionais
• Risco de escape gênico no meio ambiente
• Produção de proteínas alergênicas
• Produção de compostos tóxicos
• Redução da qualidade nutricional dos alimentos
• Ameaça à segurança alimentar (uso de sementes na 2a safra)
Transgênicos no Brasil
Dos 90 milhões de hectares ocupados com OGM no mundo hoje, cerca de 6%
estão no Brasil.
• O direito do consumidor decidir se vai ou não consumir um produto
transgênico. Decreto presidencial 3.871/2001exige a rotulagem somente
acima de 4% (Europa 1%)
• Em 2003, o Governo Federal usou Medida Provisória para tentar resolver o
problema da comercialização da soja transgênica ilegal no Rio Grande do
Sul (Termo de Ajuste de Responsabilidade e Conduta).
• O caso da empresa MONSANTO. A Medida Provisória inocentou a empresa
de pagamentos de possíveis danos que o plantio possa causar e confirmou
a ela o direito de cobrar pela propriedade intelectual.
Como se prevenir contra os possíveis riscos?
• Mecanismos de regulamentação, controle e vigilância (CTNBio)
• Legislação específica (normas técnicas e procedimentos claros)
• Rotulagem com advertência dos possíveis riscos
A POLÊMICA INTERNACIONAL SOBRE OS TRANSGÊNICOS
O noticiário internacional está repleto, há anos, com o contencioso entre os defensores das plantas transgênicas (empresas interessadas e produtores rurais) e seus contrários (empresas interessadas e produtores rurais). Os consumidores, também divididos, têm pendido para uma posição mais cautelosa e freqüentemente recusam-se a comprar produtos que utilizam plantas transgências ou seus subprodutos.
Enquanto esses se preocupam com a própria saúde e de suas famílias aqueles parecem envolvidos em uma disputa comercial.
Há os agricultores que preferem usar os vegetais transgênicos – por exemplo, as espécies
resistentes a herbicidas – pois pretendem uma maior produtividade de seus campos de cultivos. Desta forma ao usarem intensivamente os herbicidas das empresas responsáveis pelas sementes transgênicas ganham pelo aumento da colheita decorrente da eliminação de espécies concorrentes não resistentes ao herbicida, mas por outro lado devem pagar “royalties” pelo uso da semente modificada. Mesmo que selecionem parte desta produção como semente para a nova safra – como costumam fazer os agricultores – terão de pagar por isto.
Há, contudo, aqueles que continuam utilizando sementes naturais ou híbridas – não transgênicas – compradas de produtores tradicionais de sementes ou selecionadas pelos próprios cultivadores.
Uma das principais promessas dos transgénicos é a de aumentar a produção de alimentos, ajudando a combater a fome. Para nós, essa é uma falsa questão. Como já realçámos anteriormente, se ainda não se acabou com a fome no mundo não é por falta de recursos, mas sim porque ainda vivemos numa sociedade capitalista (ou de economia de mercado). Enquanto não derrubarmos este sistema injusto e não sustentável continuaremos a ter todos os anos mais e mais pessoas a morrer devido à falta de alimentos, água potável e medicamentos.
Alguns estudos já indicam que as culturas de OGMs apresentam menor biodiversidade do que culturas de organismos não geneticamente modificados, o que é claramente negativo para o meio ambiente. Juntando a isto, os vários potenciais efeitos negativos na saúde pública: aumento de alergias e resistência a antibióticos por parte de algumas bactérias patogénicas. Tudo isto nos faz encarar os OGMs com pouco entusiasmo e muita preocupação. Sobretudo neste contexto capitalista global, em que o desenvolvimento e a proliferação dos OGMs poderá agravar ainda mais o fosso entre os países ricos, com a sua biotecnologia, e os países mais pobres, que assim cada vez mais estarão dependentes. Deste modo o perigo, de que grandes sectores da agricultura fiquem dependentes de meia dúzia de empresas detentoras dos direitos sobre as plantas transgénicas, é bem real.
NO MUNDO
A área cultivada com OGM já chegava, em 2002, a quase 60 milhões de hectares, contra apenas 1,7 milhões em 1996. Cerca de 99 por cento da área plantada no planeta com OGM está localizada nos Estados Unidos da América (66%), Argentina (23%), Canadá (6%) e China (4%). No mesmo ano de 2002, já metade da soja e 20 por cento do milho cultivado em todo o planeta eram geneticamente modificados.
NO BRASIL
“Organismo Geneticamente Modificado (OGM) é todo organismo cujo material
genético tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética”
(Lei Federal 11.105, 2005).
BIOTECNOLOGIA: recombinação genética e novos organismos
OGM: Vantagens X Desvantagens
VANTAGENS:
• Aumento da produção e produtividade
• Melhoria da qualidade das sementes
• Redução dos custos de produção (menores danos às plantas, menores
perdas pelo ataque de pragas, redução no número de pulverizações e
menor persistência de substancias no meio ambiente)
DESVANTAGENS:
• Custo inicial alto
• Controle tecnológico nas mãos de poucas empresas transnacionais
• Risco de escape gênico no meio ambiente
• Produção de proteínas alergênicas
• Produção de compostos tóxicos
• Redução da qualidade nutricional dos alimentos
• Ameaça à segurança alimentar (uso de sementes na 2a safra)
Transgênicos no Brasil
Dos 90 milhões de hectares ocupados com OGM no mundo hoje, cerca de 6%
estão no Brasil.
• O direito do consumidor decidir se vai ou não consumir um produto
transgênico. Decreto presidencial 3.871/2001exige a rotulagem somente
acima de 4% (Europa 1%)
• Em 2003, o Governo Federal usou Medida Provisória para tentar resolver o
problema da comercialização da soja transgênica ilegal no Rio Grande do
Sul (Termo de Ajuste de Responsabilidade e Conduta).
• O caso da empresa MONSANTO. A Medida Provisória inocentou a empresa
de pagamentos de possíveis danos que o plantio possa causar e confirmou
a ela o direito de cobrar pela propriedade intelectual.
Como se prevenir contra os possíveis riscos?
• Mecanismos de regulamentação, controle e vigilância (CTNBio)
• Legislação específica (normas técnicas e procedimentos claros)
• Rotulagem com advertência dos possíveis riscos
domingo, 29 de março de 2009
AULA DE GEOGRAFIA FÍSICA - TEMA 01
ASPECTOS GERAIS DA GEOLOGIA
Geologia
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sábado, 21 de março de 2009
A CIDADE DOS ZEROS: ZERO CARBONO, ZERO LIXO, ZERO CARRO !
LE MONDE, 20/03/2009 -
Abu Dhabi planeja uma utopia verde no deserto
Jean-Michel Bezat e Grégoire AllixEm Abu Dhabi
Por enquanto, ainda é uma miragem ecológica flutuando no deserto de Abu Dhabi, a 25 quilômetros da capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Uma miragem de US$ 22 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) que emerge das areias entre raras palmeiras plantadas: uma central solar fotovoltaica em fase de acabamento, as armações de concreto do futuro Instituto Masdar de Ciência e Tecnologia. E essa placa na entrada do canteiro, que mostra a ambição dessa cidade verde desejada por um emir do ouro negro: "Imagine um lugar onde a inovação, a tecnologia e o desenvolvimento sustentável se conjuguem para criar uma cidade de uma nova espécie". Se a crise financeira que atinge também os emirados do Golfo não afetar essa utopia em construção, Masdar City abrirá suas portas em 2016.
Jean-Michel Bezat e Grégoire AllixEm Abu Dhabi
Por enquanto, ainda é uma miragem ecológica flutuando no deserto de Abu Dhabi, a 25 quilômetros da capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Uma miragem de US$ 22 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) que emerge das areias entre raras palmeiras plantadas: uma central solar fotovoltaica em fase de acabamento, as armações de concreto do futuro Instituto Masdar de Ciência e Tecnologia. E essa placa na entrada do canteiro, que mostra a ambição dessa cidade verde desejada por um emir do ouro negro: "Imagine um lugar onde a inovação, a tecnologia e o desenvolvimento sustentável se conjuguem para criar uma cidade de uma nova espécie". Se a crise financeira que atinge também os emirados do Golfo não afetar essa utopia em construção, Masdar City abrirá suas portas em 2016.
Essa cidade de todos os zeros - zero carbono, zero lixo, zero carro - talvez seja o laboratório das cidades do futuro. Mais "clean-tech" do que a ecocidade de Dongtan, cuja abertura deve coincidir com a Exposição Universal de Xangai em 2010.O príncipe herdeiro de Abu Dhabi, xeque Zayed bin Sultan al-Nahyan, tinha todos os meios para isso. Ele desejou grandeza, beleza e limpeza para essa cidade destinada a acolher 90 mil pessoas, sendo 40 mil residentes. E, primeiramente, para o projeto urbano, confiado ao arquiteto britânico Norman Foster.
"É uma aliança entre soluções ancestrais, potentes cálculos de informática e materiais tecnológicos de ponta", um estilo "high-tech" que fez a reputação de Norman Foster, resume Yves Lion, laureado do Grande Prêmio de Urbanismo de 2007 e especialista em cidades árabes.
Símbolo dessa modernidade, o Instituto da Ciência, ligado ao prestigioso Massachusetts Institute of Technology (EUA), foi posicionado no coração da cidade. Será o primeiro prédio a ser erguido, seguido da sede da empresa Masdar, construída segundo regras ecológicas: o teto coberto de painéis solares será montado antes do resto para fornecer eletricidade limpa durante as obras."Masdar City retoma as raízes do Oriente Médio, sua concepção urbana tradicional. Uma herança que a cidade árabe contemporânea muitas vezes perdeu, ao se inspirar no "american way of life", em que uma simples janela se torna um monumento, as ruas são muito largas, e os espaços, muito dilatados", observa Yves Lion. Masdar, "a fonte" em árabe, se inspirará nas almedinas: ruas estreitas para proteger do calor estival, torres de vento para refrescar o ar à noite, muralha contra os ventos quentes do deserto...
Um pouco do Cairo, de Alep e de Shibam, explicam seus criadores.Sua própria construção atenderá aos critérios do desenvolvimento sustentável e se traduzirá por uma emissão reduzida de dióxido de carbono: aço reciclado, concreto com menos cimento, alumínio produzido com 90% menos de CO2, energia solar, éolica... Seus defensores também garantem que os operários do prédio não foram esquecidos, nesses países do Golfo onde a exploração dos imigrantes asiáticos ou africanos chega perto da escravidão. "É preciso encontrar um equilíbrio social, em que todo mundo seja tratado de maneira igual", diz Khaled Awad, diretor de desenvolvimento de Masdar City, lembrando as promessas feitas junto ao Fundo Mundial para a Natureza (WWF).A ecocidade não deverá consumir mais do que um quarto da energia utilizada por uma cidade clássica de 50 mil habitantes. "Mais do que a construção da cidade, é o modo de vida de seus moradores que deve respeitar os princípios do desenvolvimento sustentável", ele insiste. "Masdar é um laboratório vivo".
E habitável? O "masdari" deverá ser feliz! Longe da bagunça das cidades modernas, eles passearão por ruas com sombra onde só se ouvirá o canto dos pássaros, o ruído das fontes e o zumbido das conversas. Suas compras serão "biofuturísticas": eles poderão encomendar, por meio de uma touch screen, carne, frutas e legumes produzidos respeitando as normas ecológicas e entregues em domicílio para limitar seus deslocamentos.
O habitante ou o visitante se deslocará a pé, de bicicleta ou em veículos futuristas de "transporte rápido pessoal". Dignos de um filme de ficção científica, suas 1.500 cabines-táxi guiadas por um trilho magnético deixarão seus passageiros a menos de 150 metros do lugar escolhido. "Pode-se até imaginar uma rede mais ramificada no futuro", explica Luca Guala, especialista em planejamento de transportes da empresa italiana Systematica. Oitenta por cento da água será tratada e reutilizada, 98% dos dejetos serão transformados em energia ou reciclados. Os 200 a 240 megawatts necessários para seu funcionamento virão em grande parte da energia solar. "Nós produziremos mais energia do que precisamos, basicamente a partir dos painéis instalados nos tetos", se orgulha Samir Abu Zaid, o diretor da produção e da distribuição de eletricidade, que atualmente testa 41 sistemas diferentes antes de escolher o mais bem adaptado ao sol e à areia de Abu Dhabi.
O "masdari" deverá obedecer a uma rígida disciplina ambiental.Cada habitante deverá respeitar as cotas de CO2, de dejetos domésticos e de água. "Mesmo que ele esteja preparado para adotar um modo de vida de acordo com o espírito da cidade, pensamos em um sistema de controle", reconhece Jay R. Witherspoon, diretor de tecnologia na CH2M Hill, a empresa de engenharia que concilia todos as partes interessadas no local: telas em cada casa e, por que não, um mini-computador de bolso que o alertará em caso de ultrapassagem das cotas, etc. Khaled Awad diz ainda que o preço da energia e da água, e a própria concepção da cidade, "o ajudarão muito a adotar um comportamento responsável".
Essa concentração de inovações em 7 km2 custará a bagatela de US$ 550 mil por habitante. Os primeiros bilhões vieram de estruturas públicas de Abu Dhabi e um pouco das virtudes ecológicas da cidade. "O diferencial de utilização de energia e de água ajudará a pagar os custos adicionais ligados à utilização das melhores tecnologias", afirma Khaled Awad. A cidade também permitirá que se evite o despejo de 1,1 milhão de toneladas e CO2 por ano: a venda de "créditos de carbono" prevista pelo protocolo de Kyoto sobre a redução de gases causadores do efeito estufa trará uma pequena contribuição.
O projeto deve, sobretudo, atrair capitais de empresas internacionais envolvidas em tecnologias limpas, e foi feito de tudo para trazê-las para esta zona franca: capitais 100% estrangeiros (com direito de repatriação), isenção total de impostos, proteção da propriedade industrial."Há poucos países para os quais, a essa altura, o dinheiro não seja um problema", resume Yves Lion. "É uma Ferrari no deserto, que talvez ajude a fabricar Twingos". Muitas empresas, especialmente francesas, foram seduzidas por essa bela vitrine. "Masdar City será um exemplo de economia circular. Ela permitirá que se desenvolvam técnicas na urbanização verde, das quais algumas poderão ser aplicadas em grandes conjuntos urbanos, como em Tianjin ou Chongqing na China", ressalta Gerard Mestrallet, presidente da GDF Suez.
O grupo "discute" uma participação em um projeto em sua área (tratamento de águas e esgoto, energia, dessalinização de água do mar).Causa muita surpresa e incredulidade o fato de um pequeno emirado repleto de petróleo (8% das reservas mundiais) estar tomado de tal febre ambiental, e se comprometer a produzir em 2020 pelo menos 7% de sua eletricidade a partir de energias renováveis. O próprio Sultan al-Jaber, diretor da Masdar, admite: "É um compromisso audacioso para um país cuja economia é dominada pelo petróleo e pelo gás". Essas tecnologias limpas, no entanto, "fazem mais sentido do que nunca, mesmo nesse período difícil", diz esse homem próximo do poder. Abu Dhabi quer se tornar um "Vale do Silício das energias alternativas".
O emirado investiu em um fundo para as energias limpas, para a formação dos engenheiros do futuro, joint ventures, duas usinas de painéis solares na Alemanha e em Abu Dhabi, um local de captação e armazenamento de CO2. Ele busca reduzir sua "pegada de carbono" - uma das mais altas do mundo por habitante, bem maior que a de um americano - e um dia aumentar dois pontos no PIB que já tem um crescimento constante."Se der certo, não nos perguntarão mais 'por que Masdar City?', mas sim 'por que não há outras?'", diz Khaled Awad. A cidade deseja abrigar a sede da Agência Internacional para as Energias Renováveis, criada em janeiro por cerca de 80 países. No entanto, ela corre o risco de permanecer por muito tempo um oásis verde no meio de um deserto onde os petrodólares se reciclam em projetos faraônicos e pouco cuidadosos com o meio ambiente.
O novo circuito de Yas Marina receberá em 2009 o primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1 de Abu Dhabi. Ao longo da futura ecocidade, onde um gigantesco projeto imobiliário está sendo erguido, uma rodovia de cinco vias em dois sentidos se estende em direção a Dubai. Uma hora depois, o táxi deixa seu visitante em Ski Dubai, o complexo "alpestre" construído no Mall of the Emirates, um centro comercial que brilha intensamente 24 horas por dia. Sob o olhar de mulheres envoltas em suas longas abayas (túnicas) pretas, os esquiadores deslizam pelas pistas cobertas todos os dias por 30 toneladas de neve. É preciso muita energia - e CO2 - para manter a temperatura a 2 graus negativos quando o termômetro passa de 50ºC do lado de fora. Uma réplica do Ski Dubai está em projeto a alguns quilômetros de Masdar City.
Tradução: Lana Lim
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