Investigação : Vírus da sida entre nós há 100 anos
Depois de se ter situado a origem do VIH nos anos 30, um novo estudo sugere que o vírus afinal possa estar entre os seres humanos há cerca de 100 anos por visao.pt - 02 Out 2008
Depois de se ter situado a origem do VIH nos anos 30, um novo estudo sugere que o vírus afinal possa estar entre os seres humanos há cerca de 100 anos por visao.pt - 02 Out 2008
O vírus da sida circula entre nós há cerca de 100 anos, mais três décadas do que se supunha. O novo estudo, publicado esta quinta-feira na revista Nature, indica que o VIH deverá ter tido origem entre 1884 e 1924. Anteriormente, pensava-se que o vírus tinha surgido por volta de 1930. A sida só foi reconhecida em 1981
Esta conclusão «não é uma alteração monumental, mas significa que o vírus estava a circular sob os nossos olhos ainda há mais tempo do que supunhamos», afirma Michael Worobey, da Universidade do Arizona, autor do estudo.
Os cientistas sublinham que a nova data coincide com o desenvolvimento urbano em África e sugere que este factor pode ter promovido o desenvolvimento do vírus. Recorde-se que a teoria é a de que o VIH passou dos chimpanzés para os humanos no continente africano.
A chave para o desenvolvimento desta nova investigação foi a descoberta de uma amostra do vírus, recolhida de uma mulher, em Kinshasa, em 1960. Anterior a esta, apenas uma outra amostra pudera ser estudada, datada de 1959.
Os investigadores aproveitaram o facto de o VIH sofrer mutações rapidamente, pelo que duas estirpes de um ascendente comum tornam-se cada vez menos parecidas a nível genético, com o passar do tempo. Isto permitiu que os cientistas reconstruíssem o percurso inverso, calculando quanto demoraria até que várias estirpes se tornassem tão diferentes como as que foram analisadas.
Este novo estudo usou assim os dados genéticos de duas amostras antigas do vírus e de mais de 100 amostras recentes, com vista a criar uma espécie de árvore genealógica e assim tentar identificar o denominador comum mais ancestral. Com esta investigação, surgiram várias hipóteses, mas os cientistas consideram que a mais provável é a que situa a origem do VIH entre 1884 e 1924.
Os especialistas afirmam que não seria surpreendente se o VIH tivesse circulado cerca de 70 anos entre os humanos antes de ser reconhecido, uma vez que a infecção demora, normalmente, vários anos até produzir sintomas.
Esta conclusão «não é uma alteração monumental, mas significa que o vírus estava a circular sob os nossos olhos ainda há mais tempo do que supunhamos», afirma Michael Worobey, da Universidade do Arizona, autor do estudo.
Os cientistas sublinham que a nova data coincide com o desenvolvimento urbano em África e sugere que este factor pode ter promovido o desenvolvimento do vírus. Recorde-se que a teoria é a de que o VIH passou dos chimpanzés para os humanos no continente africano.
A chave para o desenvolvimento desta nova investigação foi a descoberta de uma amostra do vírus, recolhida de uma mulher, em Kinshasa, em 1960. Anterior a esta, apenas uma outra amostra pudera ser estudada, datada de 1959.
Os investigadores aproveitaram o facto de o VIH sofrer mutações rapidamente, pelo que duas estirpes de um ascendente comum tornam-se cada vez menos parecidas a nível genético, com o passar do tempo. Isto permitiu que os cientistas reconstruíssem o percurso inverso, calculando quanto demoraria até que várias estirpes se tornassem tão diferentes como as que foram analisadas.
Este novo estudo usou assim os dados genéticos de duas amostras antigas do vírus e de mais de 100 amostras recentes, com vista a criar uma espécie de árvore genealógica e assim tentar identificar o denominador comum mais ancestral. Com esta investigação, surgiram várias hipóteses, mas os cientistas consideram que a mais provável é a que situa a origem do VIH entre 1884 e 1924.
Os especialistas afirmam que não seria surpreendente se o VIH tivesse circulado cerca de 70 anos entre os humanos antes de ser reconhecido, uma vez que a infecção demora, normalmente, vários anos até produzir sintomas.
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