Há 15 dias, a Agência Americana de Oceanos e Atmosfera soou o alarme: a temperatura no Ártico está 5°C acima da média, um recorde que demonstra uma forte diminuição do banco de gelo, provocada pelo aquecimento global. O fenômeno, divulgado em meio a crise econômica americana, preocupa o economista e cientista político alemão Elmar Altvater, de 70 anos. “Nenhum cientista imaginou aumento da temperatura nesse patamar. E todo mundo só fala da crise financeira”, lamenta. Segundo ele, “o fenômeno é tão terrível quanto a questão econômica e ninguém está dando atenção”, completa. Altvater está no Rio até amanhã para uma série de palestras.
A reportagem é de Márcia Vieira e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 03-11-2008.
Não que a crise não seja preocupante. Mas o professor de ciência política da Universidade Livre de Berlim e autor do livro O fim do capitalismo como nós o conhecemos, lançado em 2006, ainda sem edição no Brasil, defende que os governos e a sociedade tenham a mesma atenção com a crise climática. Altvater prega uma mudança radical na produção econômica e no estilo de vida moderno para reverter o aquecimento global. “Não há dúvida que precisamos nos adaptar rápido a um novo tipo de vida. O mundo vive dois dramas: a crise financeira e a crise climática. As duas estão interligadas”, defende Altvater, um estudioso das relações entre economia e ecologia.
Ele defende um sistema de produção baseado no uso progressivo de energias alternativas, não poluentes, como a solar. “O que vai acontecer com o capitalismo depois desta crise ninguém sabe. Mas a única saída para a humanidade é o uso de energias renováveis.” O etanol é uma das possibilidades. Altvater compartilha a opinião de uma corrente de ambientalistas que ataca o uso do etanol porque as plantações de cana-de-açúcar, beterraba, milho e trigo roubam espaço da produção de alimentos.
“Se continuarmos com estilo de vida com base no carro, se nossa arquitetura não se adaptar ao clima de cada região e se não reduzirmos o uso de energia, nosso futuro não será bom. São mudanças que se fazem ao longo de 30 anos. Mas só depende de nós. Nós somos os arquitetos do nosso futuro.”
A reportagem é de Márcia Vieira e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 03-11-2008.
Não que a crise não seja preocupante. Mas o professor de ciência política da Universidade Livre de Berlim e autor do livro O fim do capitalismo como nós o conhecemos, lançado em 2006, ainda sem edição no Brasil, defende que os governos e a sociedade tenham a mesma atenção com a crise climática. Altvater prega uma mudança radical na produção econômica e no estilo de vida moderno para reverter o aquecimento global. “Não há dúvida que precisamos nos adaptar rápido a um novo tipo de vida. O mundo vive dois dramas: a crise financeira e a crise climática. As duas estão interligadas”, defende Altvater, um estudioso das relações entre economia e ecologia.
Ele defende um sistema de produção baseado no uso progressivo de energias alternativas, não poluentes, como a solar. “O que vai acontecer com o capitalismo depois desta crise ninguém sabe. Mas a única saída para a humanidade é o uso de energias renováveis.” O etanol é uma das possibilidades. Altvater compartilha a opinião de uma corrente de ambientalistas que ataca o uso do etanol porque as plantações de cana-de-açúcar, beterraba, milho e trigo roubam espaço da produção de alimentos.
“Se continuarmos com estilo de vida com base no carro, se nossa arquitetura não se adaptar ao clima de cada região e se não reduzirmos o uso de energia, nosso futuro não será bom. São mudanças que se fazem ao longo de 30 anos. Mas só depende de nós. Nós somos os arquitetos do nosso futuro.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário